Sexta-feira, 17 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 18 de maio de 2015
Integrantes do EI (Estado Islâmico), grupo de origem sunita, tomou controle da cidade de Ramadi, capital da província de Ambar, no Iraque. Os intensos ataques aéreos – 19 em 72 horas – liderados pelos Estados Unidos não impediu que os extremistas avançassem sobre a região, que dista 110 km da capital do país, Bagdá.
Nesta segunda-feira, uma força composta por 3 mil combatentes xiitas chegaram a uma base militar próxima com o objetivo de recuperar a cidade.
A tomada de Ramadi pelo EI é considerada a maior derrota da coalizão que enfrenta a facção no Iraque e na Síria desde meados de 2014. O grupo terrorista, se preparando para possíveis combates, nesta segunda-feira avançava em direção à base onde os paramilitares xiitas se concentravam.
“As forças Hashid Shaabi [Mobilização Popular] alcançaram a base de Habbaniya e estão agora em posição de espera”, disse o chefe do conselho provincial de Anbar, Sabah Karhout.
O conselho da província acrescenta que as forças xiitas estão “totalmente equipadas” e têm capacidade de enfrentar a facção radical. Analistas receiam, entretanto, que a presença da milícia xiita possa acirrar as divisões étnicas na região, que é de maioria sunita.
Refúgio
Com a tomada de Ramadi, cerca de 25 mil pessoas deixaram a cidade. Segundo a ONU, a maioria se dirigiu a Bagdá, onde a organização e agências humanitárias já distribuem alimentos, água e remédios aos refugiados.
Nesta segunda-feira, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou esperar que a cidade seja retomada dos extremistas sunitas rapidamente.
(Agência O Globo e Folhapress)