Sábado, 26 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 11 de novembro de 2015
Relatório divulgado pelo Proceedings of The National Academy of Science of the United States of America diz que a crise climática causada pelo aquecimento global pode levar ao aumento do nível dos oceanos a tal ponto que a vida em Nova York, nos Estados Unidos, passará a ser inviável em algumas poucas décadas.
Segundo matéria do site Truth-Out, o relatório diz ainda que outras 400 cidades americanas estão com os dias contados, e que para essas já não importa mais que diminuamos a emissão de gás carbônico: o destino está traçado.
O aumento do nível do mar global devido às perturbações climáticas já é um fator-chave para explicar por que estamos vendo tantos casos de inundações costeiras. A enchente recorde no Estado da Carolina do Sul, na costa leste dos EUA, a cerca de 700 quilômetros de Nova York, é um exemplo do que os cientistas vêm alertando há algum tempo: o aquecimento global está causando mais umidade para ser absorvida pela atmosfera quando aquece, levando a chuvas recordes, tempestades cada vez mais poderosas e, portanto, mais registros de inundações.
Como se o estudo da Academia Nacional de Ciência não fosse suficientemente alarmante, a ONU (Organização das Nações Unidas) também acaba de divulgar um relatório dizendo que, na próxima década, é provável que vivamos em um mundo com 50 milhões de refugiados climáticos.
Esse tem sido até aqui o ano mais quente da história e a camada de gelo que cobre a Groenlândia, segundo a reportagem do site Truth-Out, está derretendo mais rapidamente do que se imaginava. Já existe até uma ferramenta na internet através da qual quem mora nos EUA pode verificar se a maré engolirá sua cidade. Basta colocar o nome da cidade ou o CEP do local.
O recém-lançado documentário “This Changes Everything” (“Isso Muda Tudo”, na tradução livre), de Avi Lewis e baseado no livro de mesmo nome de Naomi Klein, vai a fundo na questão. O cineasta, marido de Naomi, tomou como base o best-seller (que ainda não tem tradução para o português) para dar textura e mais urgência aos fatos levantados por ela na obra, como, por exemplo, o documento divulgado pelo Banco Mundial – e pouco noticiado pela mídia – dizendo que estamos no caminho para um aquecimento mundial de 4 graus até o fim do século e que um aquecimento como esse torna incompatível qualquer existência razoável de uma comunidade organizada, igualitária e civilizada.