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Edson Bündchen Eternos aprendizes

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No atual mercado de trabalho, as vagas mais atraentes estão sendo disputadas com denodo extremado por candidatos crescentemente pressionados e ansiosos. Nesse contexto, estar preparado no “estado da arte” é um requisito fundamental de sobrevivência. A cobrança por maior preparo profissional impõe um olhar mais atento por parte de todos aqueles que desejam ter sucesso nesse novo cenário.

Que tipo de qualificação, então, está em maior evidência? Quais competências serão mais decisivas para que o candidato a um novo trabalho seja selecionado e, em sendo escolhido, tenha um futuro promissor na atividade que abraçar? Como manter o emprego num momento de forte enxugamento e redução de custos por parte das empresas?

Essas e outras questões fazem parte de um ambiente em transformação acelerada, no qual novas tecnologias estão mudando completamente o panorama. Nesse quadro, assiste-se a uma forte valorização das competências sociais e emocionais, fruto de uma necessidade cada vez maior de diálogo com o já conhecido ambiente VICA, acrônimo para volátil, incerto, complexo e ambíguo. Os profissionais terão ainda que demonstrar visão sistêmica, capacidade de trabalhar colaborativamente e, acima de tudo, conviver com mudanças intermitentes.

Além disso, continua importante o domínio das competências técnicas, do saber fazer, dos métodos e processos. Profissionais que tenham a pretensão de evoluir com consistência em suas carreiras devem buscar um equilíbrio constante de saberes, ajustando eventuais “gaps” nas competências sociais, emocionais e técnicas, investindo de modo permanente no processo de autodesenvolvimento.

Não é mais possível imaginar que a responsabilidade pela formação dos profissionais esteja somente nas mãos das organizações. Ao contrário, cabe cada vez mais ao próprio sujeito assumir a gestão do seu processo de aprendizagem. Nesse sentido, o desafio do desenvolvimento e da capacitação será permanente, e converte-se em responsabilidade vital para todos os indivíduos. Trata-se de um movimento emancipatório extremamente desafiador, mas também fértil para aqueles com desprendimento e coragem. Esse caminho traz um enorme potencial em termos de liberdade, inovação e criatividade, colocando nas mãos de cada profissional as rédeas do seu futuro. Livres para buscar suas próprias trilhas de desenvolvimento, as pessoas terão um leque mais amplo de opções na construção de suas competências.

A atual situação de maior protagonismo do indivíduo, no tocante ao seu autodesenvolvimento, adquire contornos críticos e urgentes quando estudos apontam para uma significativa transformação na natureza do trabalho, com o desaparecimento, já em 2030, de número considerável de profissões hoje existentes. É preciso senso de urgência e um foco muito claro em que áreas aplicar o escasso tempo na construção de um repertório de competências capaz de dialogar com o impreciso ambiente de trabalho que se impõe rapidamente.

Nessa nova moldura que já se faz presente, sinalizando uma demanda cada vez mais exigente por talentos, um bom começo para iniciar o processo de aprimoramento profissional é o mapeamento das competências a serem desenvolvidas. Para tanto, deve o aprendiz diagnosticar quais serão os saberes com maior relevância para as suas atividades atuais ou futuras e confrontar essa importância relativa com o respectivo grau de domínio, ou em outras palavras, com a capacidade de manejo seguro da competência avaliada. Quanto maior for a distância entre a importância relativa atribuída à qualificação existente e o domínio efetivo das competências avaliadas, maior urgência deverá ser dedicada ao desenvolvimento das mesmas. Estamos todos condenados à eterna aprendizagem. E isso pode ser muito gratificante. Aproveite a viagem!

 

 

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