Quinta-feira, 16 de maio de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Eurogrupo aprova ajuda à Grécia de até 86 bilhões de euros

Compartilhe esta notícia:

Empréstimo será entregue em várias parcelas. (Foto: Reprodução)

Os ministros da Economia da zona do euro chegaram a um acordo nesta sexta-feira sobre um terceiro programa de resgate da Grécia, de até 86 bilhões de euros, que dará ao país o oxigênio necessário, mas que deverá vir acompanhado de medidas para reduzir a dívida grega.

O acordo alcançado em Bruxelas foi fechado horas depois de o parlamento grego ter aprovado o plano acordado na terça-feira entre Atenas e seus credores: a União Europeia (UE), o Banco Central Europeu (BCE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE).

O empréstimo previsto pode chegar a 86 bilhões de euros (95 bilhões de dólares) em três anos, e será entregue em várias parcelas.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse em uma coletiva de imprensa que o acordo “permitirá à economia grega encontrar o caminho de um crescimento duradouro, se o país respeitar as etapas” previstas em matéria de reformas e medidas orçamentárias, exigidas em contrapartida.

“É uma prova de que a Europa é capaz de avançar baseada nos princípios de solidariedade e de responsabilidade. Também é uma conquista para a Grécia, que tem feito os esforços esperados, ao votar este terceiro programa na manhã de hoje”, afirmou François Hollande em comunicado do Palácio do Eliseu.

A primeira parte da ajuda ultrapassará os 26 bilhões de euros e será dividida em várias parcelas, começando por um pagamento “imediato” de 10 bilhões depositados em uma conta diferente, para a recapitalização dos bancos gregos.

A segunda dessas parcelas será de 13 bilhões até 20 de agosto, e será seguida por outras nos próximos meses, em função da aplicação das reformas, informou o Eurogrupo em comunicado.

A Grécia não precisará, assim, de um crédito-ponte para pagar os 3,4 bilhões de euros ao BCE no dia 20 de agosto, como já foi cogitado, especialmente pela Alemanha, que queria mais tempo para negociar o acordo.

Antes que o dinheiro comece a chegar, vários parlamentos nacionais, entre eles o Bundestag alemão, devem dar o seu aval.

– 25 bilhões para os bancos -Também poderá ser colocada à disposição da Grécia uma segunda parcela de 15 bilhões de euros totalmente dedicados à recapitalização dos bancos, se o país precisar ou se cumprir as decisões até 15 de novembro.

“O acordo é fundamental para afastar as dívidas que pesam sobre a Grécia há seis meses e para recuperar a confiança”, comentou o vice-presidente da Comissão encarregada pela moeda única, Valdis Dombrovskis.

“Os seis últimos meses foram difíceis. Colocaram à prova a paciência dos políticos e ainda mais a de nossos cidadãos. Juntos estivemos a bordo do precipício”, comentou em um comunicado o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker.

“Mas agora a mensagem do Eurogrupo está clara: sobre esta base, a Grécia continuará sendo de maneira irreversível um membro da zona do euro”, acrescentou.

O comunicado do Eurogrupo detalha que o futuro fundo para as privatizações deverá estar em operação em até dois anos, com 50 bilhões de euros.

A evolução orçamentária solicitada a Atenas se confirma: a Grécia deverá conseguir um superávit primário de 0,50% do PIB em 2016 (após o déficit primário de 0,25% em 2015), seguido de um excedente de 1,75% em 2017 e de 3,5% em 2018.

– O tema da dívida ‘em estudo’ -Outro tema sensível das discussões, o da sustentabilidade da dívida grega, “continua sendo o principal ponto de preocupação, em particular para o FMI”, reconheceu Dijsselbloem antes da reunião. Esse novo programa a fará subir para 200% do PIB grego, nível considerado inviável pelo FMI, que ameaçou não participar no financiamento dos empréstimos sem medidas de redução da dívida.

O comunicado final afirma que “a sustentabilidade da dívida pode estar assegurada graças a um programa de reformas concreto e completo, e a medidas suplementares sem reduzir o valor nominal da dívida”.

Essas medidas poderão consistir em “uma extensão” dos prazos de vencimento, diz texto. O debate sobre esta questão “voltará à mesa em outubro”, declarou Dijsselbloem.

Esse compromisso não parece ainda suficiente para o FMI, que deve decidir em outubro sobre a sua participação financeira no plano de resgate. O acordo sobre a Grécia é “uma etapa importante”, mas a dívida é ainda muito alta, insistiu a diretora-geral da instituição, Christine Lagarde, em comunicado.

Por outra parte, os sócios de Atenas estão preocupados pelo o que pode acontecer nos próximos meses na Grécia. Há um “risco de instabilidade política”, ressaltou o ministro espanhol Luis de Guindos.

A aprovação do plano de resgate no parlamento grego, com as 400 páginas de medidas orçamentárias e estruturais que o acompanha, revelou fraturas dentro do Syriza, o partido do primeiro-ministro Alexis Tsipras.

A adoção só foi possível graças aos 120 votos da oposição e do partido de direita “soberanista” aliado da coalizão no poder.

Quase um terço dos 149 deputados do Syriza não acompanhou Tsipras, um revés interno para o primeiro-ministro, que pode ser obrigado a pedir em breve um voto de confiança. (AFP)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Relator da ONU diz haver alto grau de tortura a presos interrogados no Brasil
Estado transfere 55 milhões de reais em recursos federais para hospitais
https://www.osul.com.br/eurogrupo-aprova-ajuda-a-grecia-de-ate-86-bilhoes-de-euros/ Eurogrupo aprova ajuda à Grécia de até 86 bilhões de euros 2015-08-14
Deixe seu comentário
Pode te interessar