Quarta-feira, 01 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2016
O ex-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho admitiu, na segunda-feira, que o suposto lobista Mauro Marcondes pediu que ele apoiasse no governo a edição de MP (medida provisória) que prorrogaria incentivos fiscais para montadoras de automóveis com fábricas no Norte, no Nordeste e no Centro Oeste do País.
Carvalho afirmou ter respondido que não era sua atribuição esse tipo de demanda. Marcondes e a mulher, Cristina, estão presos, acusados de participar de esquema de compra de MPs editadas nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. “Disse que tinha outra função no governo, meu trabalho era cuidar dos movimentos sociais. Tinha agenda lotadíssima, não poderia ajudar, que me desculpasse. Mas fosse à Fazenda que, se fosse justo, iriam tocar”, afirmou, após prestar depoimento como testemunha no inquérito que investiga a possível compra de MPs.
“Absurdo total”
“O que ofende o bom senso é essa acusação de que o governo federal, o Executivo, vendeu, trocou MP por benefício. Isso é um absurdo total”, disse o ex-ministro a jornalistas após prestar depoimento na audiência que ouviu testemunhas indicadas por réus de uma ação penal decorrente da Operação Zelotes.