Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de julho de 2019
Para melhorar a inteligência artificial da Assistente, o Google utilizava funcionários terceirizados para transcrever clips de áudio capturados pelo software instalado em smartphones. Segundo reportagem da VRT NWS, esses funcionários transcreviam informações sensíveis como nomes, endereços e detalhes envolvendo vidas pessoais de usuários.
O Google admitiu na quinta-feira (11) que analistas contratados pela empresa escutam 0,2% das conversas entre os usuários e o “Assistant”, o assistente virtual da empresa.
A revelação foi feita por David Monsees, responsável de produtos de buscas, que escreveu uma postagem no blog oficial da empresa como resposta a uma matéria divulgada ontem pela emissora belga “VRT NWS”, que disse ter conseguido acesso a cerca de mil gravações de indivíduos anônimos que usaram o assistente virtual.
O Google ainda afirmou que o assistente virtual só envia gravações após detectar que o usuário utilizou um comando específico para ativá-lo, como o “Hey Google”. Além disso, a empresa assegura que o sistema dispõe de várias ferramentas para evitar “ativações falsas”.
Apesar disso, a “VRT NWS” publicou 153 conversas nas quais ninguém deu a ordem de ativação para o assistente virtual, que interpretou equivocadamente que os usuários haviam dado o comando para que houvesse interação entre eles.
As empresas que oferecem esse tipo de serviço, como Amazon, Samsung e Apple, além do próprio Google, garantem que os diálogos entre os usuários e seus assistentes virtuais são privados, sendo analisados exclusivamente por sistemas de inteligência artificial.