Sexta-feira, 08 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2025
A diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard (Partido Republicano), quer que o ex-presidente norte-americano Barack Obama (Partido Democrata) e altos ex-funcionários da segurança nacional do país sejam processados. Segundo ela, o democrata teria participado de uma “conspiração traiçoeira” para afirmar que a vitória de Donald Trump na eleição presidencial de 2016 se deu depois de interferência da Rússia.
Em comunicado oficial divulgado na última sexta-feira (18), Gabbard disse ter “evidências avassaladoras que demonstram como, depois que o presidente Trump venceu a eleição de 2016 contra Hillary Clinton, o presidente Obama e os integrantes de seu gabinete de segurança nacional fabricaram e politizaram a inteligência para preparar o terreno para o que foi essencialmente um golpe de anos contra o presidente Trump”.
A nota oficial citou o uso de um dossiê preparado por um analista de inteligência britânico, Christopher Steele, que, segundo Gabbard, sabiam ser pouco confiável.
“O uso criminoso e abusivo do poder, bem como a rejeição descarada da nossa Constituição, ameaçam os próprios alicerces e a integridade de nossa república democrática. Não importa o quão poderosas sejam, todas as pessoas envolvidas nessa conspiração devem ser investigadas e processadas com todo o rigor da lei, para garantir que nada parecido volte a acontecer. A fé e a confiança do povo norte-americano em nossa república democrática –e, portanto, o futuro da nossa nação– dependem disso. Sendo assim, estou entregando todos os documentos ao Departamento de Justiça, para que se faça justiça e se preste contas ao presidente Trump, à sua família e ao povo norte-americano”, disse.
Ex-deputada pelo Havaí, Gabbard se candidatou à Presidência dos EUA em 2020 pelo Partido Democrata, mas deixou a corrida para apoiar Joe Biden. Ela deixou o partido em 2022. Afirmou que a legenda estava “alimentando o racismo contra brancos” e representava um governo “da e para a elite”.
Vídeo falso
Em outra frente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, republicou no domingo (20) um vídeo falso mostrando o ex-presidente americano Barack Obama sendo preso no Salão Oval. O compartilhamento do vídeo ocorre em meio a esforços do governo Trump para acusar Obama de prejudicar a campanha presidencial do republicano em 2016, quando ele venceu a ex-secretária de Estado Hillary Clinton e sucedeu Obama na Casa Branca.
O vídeo, que parece ter sido gerado por inteligência artificial e postado no TikTok antes de ser republicado na conta de Trump na plataforma Truth Social, apareceu nas redes sociais depois de o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional ter emitido o mais recente de uma série de relatórios do governo Trump sobre a investigação de oito anos atrás, que sinalizou que a interferência de hackers russos favoreceu a vitória do republicano.
O vídeo mostra uma filmagem de uma reunião entre Obama e Trump durante o processo de transição eleitoral, após a vitória do republicano nas eleições de novembro de 2016.
A montagem falsa mostra agentes do FBI invadindo a reunião, empurrando Obama para uma posição de joelhos e algemando o democrata enquanto Trump observa sorrindo, ao som da música Y.M.C.A.
O vídeo falso também mostra Obama em um macacão laranja, andando em uma cela, e imagens reais de uma série de políticos democratas como Obama e o ex-presidente Joe Biden afirmando que “ninguém está acima da lei”. As informações são do site Poder 360 e do jornal O Estado de S. Paulo.