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Por Redação O Sul | 26 de fevereiro de 2022
Uma mãe deu à luz uma criança no metrô de Kiev, capital da Ucrânia, na noite de sexta-feira (25). A mulher estava abrigada na estação para fugir da ofensiva militar russa. O país está no segundo dia sob ataques das tropas comandadas pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.
O bebê nasceu às 23h em Kiev (18h no horário de Brasília). Uma foto compartilhada nas redes sociais mostra a criança dormindo, agasalhada, e segurando nas mãos de sua mãe. Ao fundo, é possível ver outros ucranianos sentados em cadeiras e no chão. A informação foi publicada pela BBC.
Milhares de ucranianos recorreram a estações de metrô para se protegerem dos ataques aéreos russos nas últimas 48 horas. Tanto as plataformas quanto os vagões são utilizados como abrigo.
Desde o início dos ataques, imagens de famílias dormindo em colchões no metrô logo ganharam notoriedade. As estações foram preparadas sob a ótica da Guerra Fria e têm servido como bunkers improvisados.
No segundo dia após a invasão, tropas russas conquistaram posições no Sul e no Leste da Ucrânia, enquanto a capital, Kiev, registra conflitos desde às 4 da manhã locais. Na cidade, civis recebem armas e forças de defesa se posicionam para resistir. Todas as principais cidades ucranianas já registraram bombardeios efetuados pela Rússia, incluindo as do Oeste, poupadas na véspera.
Em Kiev, o ataque começou com helicópteros durante a madrugada, e as sirenes de ataque aéreo tocaram várias vezes durante o dia, para registrar bombardeios com mísseis. Após um ataque conduzido por paraquedistas descendo de helicópteros na véspera e uma batalha de mais de um dia, Moscou informou a captura do aeroporto de Hostomel, a Noroeste da capital.
Alvos
Para proteger Kiev, forças ucranianas destruíram grandes pontes de acesso. Embora o ataque tenha começado no Norte, alvos em outras áreas da cidade foram atacadas, e fumaça preta pôde ser vista no centro da cidade. Prédios residenciais foram atingidos. O prefeito da cidade, o ex-campeão dos pesos pesados Vitali Klitschko, disse numa rede social que “o inimigo quer colocar a capital de joelhos e nos destruir”. “Tiros e explosões estão ecoando em alguns bairros. Sabotadores já entraram em Kiev”, ele acrescentou.
Em ruas da capital, caminhões do Exército da Ucrânia pararam e descarregaram caixas contendo metralhadoras subautomáticas e munição, a serem distribuídas para a população civil. Segundo o governo ucraniano, 18 mil armas foram entregues a “todos aqueles que querem defender nossa capital com armas em seus braços”. Em uma publicação na internet, o Ministério da Defesa também ensinou a fazer bombas incendiárias. “Faça coquetéis molotov, neutralize o ocupante!, dizia o texto, em referência à arma inventada por finlandeses para repelir invasores soviéticos em 1939.
Para mostrar que não deixou a capital, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelesnky, divulgou um vídeo gravado nas ruas de Kiev: “Estamos aqui. Estamos em Kiev. Estamos defendendo a Ucrânia”, afirma ele.