Brasil “Hoje é um dia normal”, diz presidente da Câmara após Supremo suspender andamento do processo de impeachment

Sem quorum, Cunha poderia ser beneficiado, uma vez que, para aprovar a cassação do seu mandato, são necessários os votos de pelo menos 257 dos 513 deputados (Foto: Luis Macedo/Agência Câmara)

Após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de suspender o processo de formação e a instalação da comissão especial que irá analisar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta-feira (09) que hoje é um “dia normal” com votações previstas na pauta.

Inicialmente, a expectativa era de que o dia fosse dominado mais uma vez pela eleição da comissão especial que irá analisar o pedido de impedimento da presidenta, mas o ministro do STF Luiz Edson Fachin determinou na noite de terça-feira (08) que os trabalhos fossem interrompidos até que a Corte analisasse o caso, o que deve acontecer na próxima quarta-feira (16).

Ao chegar à Câmara pela manhã, Cunha não quis comentar a determinação do Supremo e afirmou que só daria declarações mais tarde. O ministro do STF atendeu a um pedido formulado pelo PCdoB questionando, entre outros pontos, a votação secreta que elegeu parte da comissão especial e a autorização dada por Cunha para que uma chapa alternativa, pró-impeachment, concorresse na disputa.

Alvo da Operação Lava-Jato, Cunha é acusado de quebra de decoro parlamentar por não ter declarado contas secretas na Suíça. Ele alega não ser o dono das contas e apenas ter o usufruto de ativos gerido por trustes no exterior. (AG) 

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