Segunda-feira, 14 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 11 de julho de 2025
O corpo da menina foi localizado por equipes de resgate por volta das 23h de quinta-feira (10).
Foto: ReproduçãoBianca Bernardon Zanella, de 11 anos, natural de Curitiba (PR), morreu após despencar de um penhasco de aproximadamente 70 metros no Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul, na Serra Gaúcha. O acidente aconteceu na tarde de quinta-feira (10), durante uma visita com os pais ao mirante localizado dentro do Parque Nacional da Serra Geral.
O corpo da menina foi localizado por equipes de resgate por volta das 23h, quase dez horas depois da queda. Segundo informações da prefeitura e de testemunhas, Bianca estava com os pais quando se afastou rapidamente do grupo. O pai ainda tentou alcançá-la, mas não conseguiu impedir que ela se aproximasse demais da borda.
Bianca tinha diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista e da Síndrome de Smith-Magenis (SMS), uma condição genética rara que afeta o desenvolvimento neurocomportamental. A informação foi confirmada pelo secretário de Turismo de Cambará do Sul, Andrews Mohr.
A área onde o acidente ocorreu não conta com barreiras físicas, placas de advertência ou outros mecanismos de segurança para os visitantes. A falta de estrutura tem sido motivo de críticas, especialmente diante do fluxo crescente de turistas e do risco potencial que o local representa.
Em nota, a administração do parque informou que está colaborando com as autoridades e que o acesso ao Cânion Fortaleza permanecerá interditado nesta sexta-feira (11). O Parque Nacional da Serra Geral, onde o cânion está localizado, fica a cerca de 23 quilômetros do centro de Cambará do Sul.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se manifestou nas redes sociais. “Deixo aqui minha solidariedade à família diante dessa dor imensurável. Também reconheço o trabalho das equipes de resgate que atuaram até tarde da noite”, declarou.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar os detalhes do caso. A investigação busca esclarecer de que forma Bianca se aproximou da borda e se havia sinalização ou estrutura mínima para prevenir acidentes no local.
A morte de Bianca reacende o debate sobre a segurança em áreas naturais de grande visitação no país. Embora o turismo em parques e cânions esteja em crescimento, a infraestrutura nem sempre acompanha a demanda ou oferece condições mínimas para a proteção dos visitantes.
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