Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A pergunta inicial do primeiro debate entre candidatos ao governo do Estado deverá ser: como sair da inviabilidade orçamentária? As respostas não poderão transitar pelo mundo do faz de conta.
Não adianta fantasiar
A maioria dos deputados estaduais que votou a favor acha que existe um arco-íris no fim do Regime de Recuperação Fiscal. Se não forem tomadas medidas paralelas de forte alcance, vão levar um susto em pouco tempo.
Estilo do comandante
A cozinha política do Palácio Piratini nunca sobe a chama do fogão. Portanto, inexiste a possibilidade de alguma fritura. Integrantes do primeiro escalão só saem por vontade própria. Mesmo que cometam equívocos perceptíveis.
Para conferir
Estudo realizado por Sérgio Lazzarini, autor do livro Capitalismo de Laços, lançado em 2011, demonstrou: as empresas que mais elegeram políticos foram as que mais receberam recursos do BNDES.
Tirar a pedra do caminho
O primeiro passo para aumentar a produtividade deve ser a eliminação do excesso de burocracia. Além de oneroso e gerar demora, mostra-se incapaz no combate à corrupção e às fraudes.
Sem jeito de mudar
A legislação tributária, uma das mais complicadas do mundo, tem desestimulado os que pretendem instalar empresas e gerar empregos no país. É cara a manutenção de estruturas só para acompanhar e entender a legislação que está em constante mutação. Há casos em que 10 por cento da área operacional interna ficam voltadas à administração contábil.
Vai se arrastar
A reforma tributária só voltará à pauta em 2019. Com novos legisladores, será preciso prever tempo para adaptação e conhecimento. Quer dizer, de concreto, nada antes de 2020.
Dará briga
Em gabinetes e corredores do Tribunal de Contas da União, o assunto é a decisão de levar às últimas consequências a aplicação do limite salarial no serviço público. Não é a primeira vez. A instituição promete usar o máximo de seu poder de fogo no enfrentamento dos que ficam entrincheirados e sem disposição de ceder um palmo. Há sempre a possibilidade de que os foguetes a serem estourados peguem umidade.
Caiu no esquecimento
No começo da década de 1990, técnicos da Secretaria da Fazenda do Estado percorreram vários países desenvolvidos para colher dados sobre sistemas tributários. Um dos ensinamentos foi de que procedimentos simplificadores aumentam a arrecadação. Voltaram animados e redigiram relatórios. Os documentos devem estar esquecidos em alguma gaveta. Uma instância concluiu que mudar dava muito trabalho.
Desleixo
Os 100 anos do fim da Primeira Guerra Mundial deveriam constar com destaque no currículo extra das escolas de nível médio. A promessa em 1918 era de nunca mais ocorreria nova conflagração. A lição da tragédia serviu para nada: passados 21 anos, veio a Segunda Guerra, muito mais violenta.
Olha o dinheiro!
Aos que afirmam que os governos cortaram totalmente os recursos para o Carnaval, cabe lembrar: foi autorizada a captação de recursos para 60 projetos pela Lei Rouanet. As escolas do Rio de Janeiro receberam 9 milhões de reais e o mesmo valor ajudou nos desfiles de São Paulo.
Sambando e cobrando
Nem no Carnaval o governo dá folga: a máscara de plástico tem 46 por cento de impostos; confete e serpentina, 43 por cento.
Identidade
Há políticos que falam tão alto que são reconhecidos até pelo que escrevem.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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