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Política Janja vai a Paris falar sobre desnutrição e será recebida pelo presidente Emmanuel Macron

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Primeira-dama lidera delegação brasileira na França em evento para levantar US$ 13 bilhões por ano para combater má nutrição. (Foto: Reprodução/Instagram)

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, vai receber uma deferência na semana que vem do presidente francês, Emmanuel Macron. Ao sair do Japão, onde acompanha a visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Janja voltará a viajar sozinha, tendo Paris como destino.

Nomeada por Lula, Janja vai discursar como chefe da delegação brasileira na abertura da cúpula Nutrição para o Crescimento (N4G) e será uma das principais figuras internacionais presentes na França.

“Propusemos ao Brasil que ela fale entre as pessoas de perfil mais prestigioso na abertura do evento”, disse nessa segunda-feira (24), Brieuc Pont, secretário-geral da N4G e enviado especial do Palácio do Eliseu.

Em reuniões internacionais, a ordem de discurso das autoridades segue um protocolo rígido de precedência, sendo um sinal de prestígio e respeito aos cargos que exercem. Os chefes de Estado falam antes de outros representantes, ministros antes de embaixadores e assim por diante.

“Realmente estamos muito felizes com a presença da Janja. Ilustra muito bem o compromisso do Brasil com essa causa. Ela vem com uma delegação importante de pessoas reconhecidas pela perícia no setor”, disse Pont.

A indicação recebida pelos franceses é que Janja deve falar sobre a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e sobre iniciativas internas, como a mudança na composição da merenda escolar brasileira. No mês passado, Lula anunciou a redução no cardápio das escolas públicas para 15% de alimentos processados ou ultraprocessados.

“Nós temos muito a aprender com o Brasil. É uma avenida de duas vias. Não se trata do Norte dizendo: ‘Vocês têm que fazer isso tudo e tal’. Não, nós também temos problemas de má nutrição. O escorbuto, por exemplo, está voltando no Canadá, na Europa do Norte. Todos os países são afetados pela má nutrição”, afirmou Pont.

Em um segundo momento, a primeira-dama foi convidada pelo presidente francês para um encontro às 17h, em formato de petit comité, restrito a figuras ilustres e chefes de Estado, entre eles o rei Letsie III, do Lesoto. O local ainda não foi revelado, mas será um espaço de destaque do circuito parisiense.

O encontro será uma cerimônia aberta à cobertura da imprensa, com a presença de Macron, do rei do Lesoto, de Janja e da diretora do Programa Alimentar Mundial da ONU, Cindy McCain. “É uma espécie de cúpula da cúpula”, resumiu Pont.

Os franceses também contam com a presença de autoridades de outros países africanos no N4G, como os vice-presidentes da Costa do Marfim e da Libéria, além de ministros de Estado e autoridades enviadas por governos. Parte delas poderá participar em formato híbrido.

A Cúpula N4G é uma mobilização de governos e de entidades privadas, ligada ao movimento olímpico. A primeira foi organizada em Londres, pelo Reino Unido, em 2012. Depois houve edições em Milão, na Itália, em 2017, e em Tóquio, no Japão, em 2021.

A cúpula reúne representantes de governos, cientistas, sociedade civil, ONGs, empresas e entidades filantrópicas para discutir iniciativas e levantar fundos. Entre as experiências a serem compartilhadas estão o imposto sobre refrigerantes e bebidas açucaradas, obrigação de rótulos na embalagem de alimentos industrializados, alternativas ao leite materno.

Os franceses dizem já ter recursos e compromissos políticos registrados, mas fizeram mistério sobre o montante a ser anunciado. Na edição japonesa, foram arrecadados US$ 27 bilhões, o que colocou pressão sobre a organização francesa – agora em cenário geopolítico adverso, já se prevê uma mobilização menor de recursos.

O enviado especial de Macron espera mobilizar agora os bancos públicos de desenvolvimento multilaterais e assegura que a cúpula em Paris será uma “grande vitória”. Ele afirma que o retorno de investimentos em nutrição tem se revelado alto, portanto espera mais compromissos dessas instituições financeiras regionais, como da Ásia e da África, e também de países da Europa.

Segundo dados do Banco Mundial, seriam necessários para acabar com a desnutrição cerca de US$ 13 bilhões anuais. Em comparação, citou Pont, o setor do agronegócio recebe US$ 861 bilhões em subsídios. Ainda conforme dados do Banco Mundial citados por ele, o retorno sobre o investimento em assistência ao desenvolvimento por meio da nutrição é de 23 vezes.

“A situação internacional é muito diferente daquela que tínhamos em 2021, agora com uma guerra massiva na Europa, que provocou uma crise alimentar mundial, e teve consequências financeiras, crise inflacionária das commodities, e por consequência a evaporação dos recursos financeiros e também a consequência lógica que os países vizinhos, em particular da Ucrânia, e muitos dos países que têm a capacidade de financiamento do desenvolvimento, estão agora privilegiando despesas de defesa para para se proteger. Então existe esse desafio que é procurar financiamento para a nutrição”, reconheceu Pont. (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)

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https://www.osul.com.br/janja-vai-a-paris-falar-sobre-desnutricao-e-sera-recebida-pelo-presidente-emmanuel-macron/ Janja vai a Paris falar sobre desnutrição e será recebida pelo presidente Emmanuel Macron 2025-03-24
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