Segunda-feira, 06 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 4 de setembro de 2015
A 10ª Câmara Cível do TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) condenou os médicos Leandro Boldrini (também acusado de matar o filho, Bernardo Boldrini, 11 anos) e Jeane Cristina Ribeiro Rino Guimarães (anestesista) por erro médico durante cirurgia para retirada de pedra na vesícula. Em primeira instância, a autora ganhou direito à indenização por danos morais, materiais e estéticos, além de pensão vitalícia. A corte confirmou as condenações e aumentou valores.
A mulher teve o esôfago perfurado durante ato de intubação para cirurgia de retirada de pedra na vesícula, realizada por Leandro e Jeane no Hospital de Caridade de Três Passos (Noroeste do RS). Dois dias após sair do hospital, teve que retornar em função de fortes dores, sendo internada na UTI. Após, foi transferida para o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde foi submetida a nova cirurgia, ficando internada durante dois meses. A autora ressaltou que ficou com graves sequelas em função da constatação tardia do problema. Entre outros tratamentos, teve que se submeter a novo procedimento para reconstrução do esôfago.
A 1ª Vara Judicial da comarca de Três Passos havia condenado os dois profissionais, o hospital e o Serviço de Anestesiologia Três Passos Ltda. ao pagamento de aproximadamente 10 mil reais por danos materiais emergentes, pensão mensal vitalícia desde a data do fato no valor de um salário mínimo nacional, 70 mil reais por danos morais e 30 mil reais por danos estéticos. Os réus, o hospital e a clínica de anestesiologia recorreram da sentença.
Recurso
No recurso, o relator do processo foi o desembargador Paulo Roberto Lessa Franz, que absolveu o hospital e manteve a condenação dos réus e da clínica de anestesiologia. A indenização por danos estéticos foi elevada de 30 mil reais para 50 mil reais. Para Lessa Franz, o hospital teria apenas disponibilizado suas dependências para o procedimento. (TJ-RS)