Quinta-feira, 16 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 14 de abril de 2016
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou a aliados que, caso o governo não consiga barrar o processo de impeachment na Câmara, entrará em campanha permanente e não sairá mais das ruas. O petista também deixou claro que não pretende dar trégua a um eventual governo capitaneado pelo vice-presidente Michel Temer.
Segundo pessoas próximas, o recado de Lula foi claro: “Não estaremos nessa de união nacional. Não vamos colaborar”. A fala é uma referência à pregação que Temer tem feito para se consolidar como a principal opção à presidenta Dilma Rousseff. O vice se define como homem aberto ao diálogo e capaz de reunir diversos partidos para tirar o País da crise.
Lula pediu a colaboradores que antes dividiam seu tempo entre o auxílio a ele e outras atividades que passassem a considerar dedicação integral ao seu projeto. Ele orientou seu núcleo mais próximo a, caso o governo seja derrotado, manter a base social do PT mobilizada contra o que chama de “governo ilegítimo”.
O PT já designou um nome para tratar da agenda do ex-presidente: Paulo Frateschi, ex-secretário de Relações Governamentais do prefeito Fernando Haddad (PT-SP). O ex-presidente segue recebendo parlamentares e dirigentes partidários no hotel em que montou uma espécie de sede anti-impeachment, em Brasília, porque não quer parecer que lavou as mãos. Lula tem pedido que os petistas trabalhem “até o último minuto de domingo”, quando a Câmara votará o pedido de impeachment. (Folhapress)