Quinta-feira, 14 de agosto de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Saúde “Maior avanço nos últimos 20 anos”: Anvisa aprova medicamento oral para tratar câncer no cérebro

Compartilhe esta notícia:

Comercializado como Voranigo, o fármaco é um inibidor de enzimas da farmacêutica Servier.

Foto: Reprodução
Comercializado como Voranigo, o fármaco é um inibidor de enzimas da farmacêutica Servier. (Foto: Reprodução)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta semana o registro do medicamento vorasidenibe, um comprimido oral de uso diário, para o tratamento de câncer no cérebro. Comercializado como Voranigo, o fármaco é um inibidor de enzimas da farmacêutica Servier.

Em nota, a farmacêutica informou que o medicamento é indicado para pacientes a partir dos 12 anos com tipos específicos de gliomas difusos chamados astrocitomas ou oligodendrogliomas, de baixo grau (grau 2), com mutações na enzima IDH 1 ou 2, que já foram submetidos a procedimento cirúrgico e que não tenham indicação de radioterapia ou quimioterapia imediata, de acordo com informações da Agência Brasil.

O oncologista Fernando Maluf, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e do Hospital Israelita Albert Einstein; fundador do Instituto Vencer o Câncer, explica que essa medicação foi aprovada para gliomas de baixo grau, que correspondem a cerca de 20% dos tumores primários do cérebro em adultos, e tem como idade mais importante dos 30 aos 40 anos.

“É um tumor que acomete pessoas muito jovens que pode, com o perigo crescer, comprometer estruturas cerebrais, causando não só confusão, mas dificuldade na fala, no raciocínio, dificuldade motora e sensitiva”, explica o médico. “Esse tumor era tratado com radioterapia, em alguns casos quimioterapia, além da cirurgia, mas as respostas nem sempre eram boas.”

O novo medicamento foi desenvolvido para inibir especificamente um alvo chamado IDH. Em células humanas saudáveis, uma família de genes chamada isocitrato desidrogenases (IDH) ajuda a decompor nutrientes e gerar energia para as células.

Mutações no IDH1 e IDH2 estão associadas a uma variedade de cânceres, impedindo que as células se diferenciem, ou se especializem, no tipo de célula que deveriam se tornar. Quando as células não conseguem se diferenciar adequadamente, podem começar a crescer descontroladamente.

De acordo com a Servier, em gliomas com mutação IDH, o vorasidenibe atua bloqueando as enzimas IDH1 e IDH2 mutadas, responsáveis pela produção de substâncias que estimulam o crescimento de células tumorais.

Os gliomas difusos com essas mutações no gene IDH representam os tumores cerebrais primários malignos mais comuns diagnosticados em adultos com menos de 50 anos de idade. Eles não são curáveis com as terapias atuais e, sem tratamento, continuam a crescer e a infiltrar o tecido cerebral normal

O estudo clínico multicêntrico que avaliou a eficácia e segurança do medicamento foi liderado pelo Memorial Sloan Kettering Cancer Center, de Nova York. No total, foram incluídos 331 pacientes.

“É um estudo que mostrou que pacientes operados e que tiveram indicação dessa droga, comparado com placebo, tiveram uma redução do risco de progressão da doença de 61% e uma redução de precisar de um outro tratamento de 76%”, explica Maluf.

As reações adversas mais comuns foram fadiga, Covid-19, dor musculoesquelética, diarreia e convulsão. Os resultados deste estudo foram publicados na renomada revista científica The New England Journal of Medicine e apresentados durante a Sessão Plenária na Reunião Anual de 2023 da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO).

À Agência Brasil, Maluf avaliou a aprovação do medicamento como o maior avanço na área de gliomas dos últimos 20 anos.

“Voranigo, o primeiro avanço nessa área específica da doença em quase 25 anos, oferece aos pacientes uma melhora sem precedentes na sobrevida livre de progressão. Temos orgulho de oferecer esta terapia pioneira a pacientes necessitados e continuamos comprometidos em levar terapias direcionadas inovadoras a pessoas com câncer”, diz Arjun H. Prasad, diretor comercial da Servier Pharmaceuticals, em comunicado publicado quando o medicamento foi aprovado nos EUA, em agosto de 2024.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Saúde

Votos emocionantes, vestido dois em um, torre de taças; veja o que rolou no casamento de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso
Golpe do “neto falso”: suspeitos são presos por fraude de R$ 29 milhões contra idosos
https://www.osul.com.br/maior-avanco-nos-ultimos-20-anos-anvisa-aprova-medicamento-oral-para-tratar-cancer-no-cerebro/ “Maior avanço nos últimos 20 anos”: Anvisa aprova medicamento oral para tratar câncer no cérebro 2025-08-13
Deixe seu comentário
Pode te interessar