Sexta-feira, 16 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 15 de maio de 2025
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, defendeu a primeira-dama, Rosângela Janja da Silva, na quarta-feira (14), e negou que declarações de Janja sobre o TikTok tenham gerado uma crise diplomática com a China.
A declaração da ministra ocorre após o portal de notícias G1 revelar que uma intervenção feita pela primeira-dama, durante a visita oficial à China, teria causado constrangimento entre a comitiva brasileira e o presidente chinês, Xi Jinping.
Segundo a publicação, Janja pediu a palavra no encontro com o chefe de Estado da China para comentar sobre como o TikTok, que é uma plataforma chinesa, representa um desafio em meio ao avanço da extrema-direita nas redes sociais. Ela teria dito ainda que o algoritmo do TikTok favorece publicações de perfis de direita.
Segundo a reportagem, essa intervenção da primeira-dama constrangeu os diplomatas brasileiros, já que o tema é delicado para o governo chinês, e ocorre em um momento em que o TikTok está no centro de uma disputa nos Estados Unidos, onde autoridades tentam forçar a venda da empresa para uma companhia americana.
Por meio das redes sociais, Gleisi Hoffmann questionou a informação de que o episódio tenha gerado uma “crise diplomática” entre Brasil e China. Na avaliação da ministra, a repercussão do caso é fruto da “misoginia e preconceito”.
“É impressionante a exploração política e midiática da fala da Janja sobre o TikTok na China. Será que está proibida de dar seu testemunho sobre um tema que ela conhece e que foi levantado pelo presidente Lula num jantar com o presidente da China? Ela deveria ouvir calada por ser a primeira-dama? Ou simplesmente por ser mulher? Onde estaria a ‘crise diplomática’, se ali mesmo o presidente Xi Jinping anunciou que enviará um representante para tratar do assunto no Brasil? Toda solidariedade à Janja, em mais este episódio de misoginia e preconceito”, disse Gleisi. As informações são do jornal Valor Econômico.