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Saúde Não sair de casa durante a pandemia de coronavírus também pode ser prejudicial à saúde

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Maioria (59%) também considera que é mais importante deixar as pessoas em casa para conter o vírus. (Foto: Getty Images)

Em casa desde o início da pandemia do novo coronavírus, o motorista de aplicativo Antonio Douglas Pinheiro, de 45 anos, achava que o cansaço e a falta de energia que estava sentindo ainda eram reflexos da exaustiva rotina de trabalho vivida nos últimos anos.

Depois de procurar um médico e fazer exames de sangue, teve o diagnóstico: deficiência de vitamina D. Sua taxa, em julho, estava em 17 ng/mL, enquanto os valores considerados normais, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), são entre 20-60 ng/mL para a população saudável e entre 30-60 ng/mL para a população de risco.

Assim como Pinheiro, parte da população se refugiou em suas residências em função da pandemia da Covid-19 e segue nesse esquema mesmo com a flexibilização das regras.

Mas se por um lado essa é uma das medidas mais eficientes para se proteger e evitar a propagação da doença, por outro, também pode ser extremamente prejudicial à saúde como um todo.

Com a pandemia completando seis meses no Brasil – aulas e serviços não essenciais começaram a ser suspensos no dia 11 de abril, primeiro no Distrito Federal –, muitos desses problemas começam a aparecer. A seguir, listamos os principais.

Vitamina D

A vitamina D é um micronutriente essencial para o organismo, com participação em diversas ações. Por exemplo, ela auxilia no funcionamento do sistema imunológico – fundamental nesse período de infecções por coronavírus –, na absorção de cálcio e no controle da função cardíaca, da pressão arterial e dos níveis de glicemia e gordura corporal.

Ao mesmo tempo, sabe-se que a sua deficiência está comprovadamente ligada a uma série de patologias, como as autoimunes (diabetes tipo 1 é uma delas) e as musculoesqueléticas, encabeçada pela osteoporose.

Por isso, é importantíssimo tomar sol diariamente no período da manhã, das 8h às 10h, por cerca de 30 a 40 minutos — nem que seja na janela, enquanto não for totalmente seguro sair às ruas e frequentas praias, parques e piscinas — e, de preferência, sem protetor solar, a fim de que o produto não atrapalhe a ativação das vias metabólicas de formação do nutriente.

Sedentarismo

Diversos estudos têm apontado queda nos níveis de atividade física durante o isolamento, inclusive nos locais que flexibilizaram ou suspenderam as restrições.

Para se ter uma ideia, a pesquisa ConVid, realizada entre abril e maio pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), aponta que 62% dos brasileiros não estão praticando exercícios.

Entre os que faziam algum tipo de atividade de três a quatro vezes por semana, 46% pararam e, entre os acima de cinco dias, 33%.

O estudo mostra ainda que, antes da pandemia, 30% se exercitavam por mais de 150 minutos por semana, tempo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Por conta do novo coronavírus, esse percentual baixou para 12% no país.

A movimentação constante é indispensável para a liberação de neurotransmissores e hormônios responsáveis pelo bem-estar, o que resulta em melhora do humor e redução do estresse e da ansiedade.

Agora, se entregar ao sedentarismo e ficar muito tempo sentado, tem o efeito contrário: provoca a deterioração do metabolismo, gera níveis mais altos de estresse e favorece o surgimento de diversos tipos de doença, com destaque para a obesidade e todas as suas consequências.

Temos de nos manter ativos, mesmo em casa. Para muitos pacientes eu indico a bicicleta ergométrica, na qual se consegue fazer uma atividade de média intensidade e com duração prolongada. Também é importante ter atenção com a dieta, que precisa ser saudável e em menor quantidade, já que a demanda, o gasto calórico, no geral diminui nesse momento”, complementa o especialista.

Dores constantes

Com as pessoas passando a maior parte do tempo em seus lares, os afazeres domésticos aumentaram e, muitas vezes, o trabalho e o estudo também. Soma-se a isso a perda da força muscular, pela diminuição da mobilidade, a falta de ergonomia e a realização de movimentos repetitivos, e o resultado é o surgimento de dores – e até lesões – em diversas partes do corpo.

A pesquisa ConVid, da Fiocruz retrata bem essa questão. Pelos dados coletados, 50% dos brasileiros que já tinham problemas crônicos de coluna relataram aumento de dor durante a pandemia, e 41% passaram a sentir algum tipo devido às mudanças na rotina.

Segundo Mario Sabha, fisioterapeuta e PhD em Neuroanatomia, a falta de movimento, ficar na mesma posição por longos período e passar muito tempo em frente às telas dos equipamentos eletrônicos tendem a causar encurtamento muscular e, consequentemente, dor. As informações são da BBC News.

 

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https://www.osul.com.br/nao-sair-de-casa-durante-a-pandemia-de-coronavirus-tambem-pode-ser-prejudicial-a-saude/ Não sair de casa durante a pandemia de coronavírus também pode ser prejudicial à saúde 2020-09-12
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