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Mundo No Conselho de Segurança da ONU, Israel pede “todas as sanções” contra o Irã, que afirma ter agido de forma legítima

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Saeed Iravani, do Irã, e Gilad Erdan, de Israel, durante reunião do Conselho de Segurança da ONU. (Foto: Reuters)

O Conselho de Segurança da ONU realizou nesse domingo (14) uma reunião de emergência após o ataque sem precedentes do Irã com drones e mísseis contra Israel. O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, pediu “todas as sanções possíveis” ao Irã durante a reunião.

Erdan afirmou que “o Conselho precisa agir” e exigiu que “todas as sanções possíveis sejam impostas ao Irã antes que seja tarde demais”. Ele também destacou que Israel não busca uma escalada da situação, mas pediu para que Exército de Guardiões da Revolução do Irã passe a ser considerada uma organização terrorista.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, clamou por “máxima moderação” e destacou que o Oriente Médio está à beira do abismo. Ele enfatizou a importância de evitar grandes confrontos militares na região. Guterres também pediu um “cessar-fogo imediato” em Gaza e a libertação de reféns tomados pelo Hamas em 7 de outubro no ano passado.

A ofensiva do Irã foi uma retaliação ao ataque israelense contra a embaixada iraniana na Síria. O bombardeio de 1º de abril destruiu o consulado iraniano em Damasco e matou dois altos oficiais da Guarda Revolucionária. O Irã responsabilizou Israel pelo ataque à sede diplomática, mas Israel não confirmou, nem desmentiu.

Rivais de longa data, Israel e Irã travam um duelo cuja intensidade varia conforme o momento geopolítico. A hostilidade entre os dois países remonta à revolução iraniana de 1979. Nesse período, Israel se tornou o inimigo declarado do Irã. No entanto, até então, Teerã se abstinha de ataques diretos, preferindo envolver-se em confrontos por meio de grupos terceiros, como o Hezbollah libanês.

Declarações

O representante de Israel na ONU afirmou que seu país tem o direito de retaliar o Irã após o ataque sofrido. Ele destacou que Israel não é passivo diante de ameaças e ataques: “Não somos sapos na água fervente, somos uma nação de leões” (ele refere-se à ideia de que os sapos em água não percebem que a temperatura está aumentando lentamente e não pulam para fora).

Ele pediu ação do Conselho de Segurança da ONU para que imponha “todas as sanções” contra o Irã e passe a considerar a Guarda Revolucionária uma organização terrorista.

Logo depois, o representante do Irã na ONU, Saeed Iravani, se pronunciou. Ele afirmou que o país realizou uma operação legítima, conforme as regras da ONU, direcionada apenas a alvos militares.
Iravani falou da proteção dada a Israel por países como EUA, Reino Unido e França na Faixa de Gaza. Ele mencionou então o ataque contra as instalações do Irã em Damasco, ressaltando que o Irã notificou a ONU e agiu dentro do direito internacional ao responder.

Líderes do G7

Os líderes do G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, condenaram o ataque e disseram que trabalhariam para tentar estabilizar a situação no Oriente Médio. A Itália, que ocupa a presidência rotativa do Grupo dos Sete, agendou uma reunião virtual com os demais membros do grupo, que inclui EUA, Canadá, França, Alemanha, Inglaterra e Japão.

Na declaração, os líderes demonstraram preocupação com uma possível escalada de tensões na região. Além disso, pediram cessar-fogo imediato em Gaza.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou que o ataque do Irã a Israel pode provocar uma escalada de conflito na região e reiterou que isso “deve ser evitado”.

Von der Leyen informou ainda que o grupo continuará a trabalhar para estabilizar a situação. “Nós alertamos o Irã e seus aliados a cessar os ataques completamente. Todas as partes devem exercer a máxima contenção.”

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