Por Redação O Sul | 6 de novembro de 2015
José Maria Marin está sendo vigiado durante 24 horas por dia de dentro do próprio apartamento onde cumpre prisão domiciliar em Nova York (EUA). Além disso, câmeras de segurança foram instaladas na porta de seu apartamento e em todas as portarias do prédio onde está preso. E ele está pagando por tudo isso.
Trump Tower fica em um dos endereços mais nobres de Nova York, a Quinta Avenida (Foto: Reprodução)
Acusado de envolvimento em um esquema de corrupção na Fifa, o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) chegou a Nova York na terça-feira, após ser extraditado pelo governo da Suíça, onde estava preso desde 27 de maio. Poucas horas depois de desembarcar na cidade americana, ele compareceu a um tribunal federal no bairro do Brooklyn, onde se declarou inocente.
Marin assinou um acordo com a Justiça dos Estados Unidos que lhe permite esperar em casa por seu julgamento, que ainda não tem data marcada. Para isso, pagou 1 milhão de dólares (3,7 milhões de reais) em dinheiro vivo, ofereceu 15 milhões de dólares (cerca de 57 milhões de reais) em bens como garantia de que não vai fugir, aceitou usar uma tornozeleira eletrônica e também remunerar uma empresa de segurança privada que o monitora sem intervalos. Um agente dessa companhia fica dentro do apartamento ocupado por Marin e sua mulher, Neuza.
Os custos do monitoramento não são revelados. Pessoas próximas ao ex-presidente da CBF afirmam que é algo “significativo”, mas não “proibitivo”. Jeffrey Webb, ex-presidente da Concacaf (confederação que coordena o futebol na América do Norte, Central e Caribe), que estava em prisão domiciliar em Nova York, pediu para ser transferido para a Georgia porque não conseguia pagar pela segurança. O juiz aceitou.
Planta do apartamento de 101 metros quadrados de Marin. (Foto: Reprodução)
Apartamento na 5ª Avenida.
Marin mora em um apartamento de 100 metros quadrados na Trump Tower, em Nova York, que ele comprou em 1989 ao custo de 900 mil dólares – hoje está avaliado em quase três vezes mais. O domicílio é o 41D do número 725 da 5ª Avenida, uma das áreas mais caras de Nova York. O apartamento do dirigente é dos mais simples do arranha-céu construído pelo bilionário Donald Trump em 1983. Por simples, entenda-se um imóvel de 101 metros quadrados, uma suíte, sala, cozinha, área de serviço e dois lavabos.
Além de ficar dentro da casa de Marin, esse agente é o responsável por acompanhá-lo nas saídas a que o ex-dirigente tem direito a fazer. Pelo acordo que fez, o ex-dirigente pode sair para ir ao médico, à igreja, ao tribunal e para fazer compras duas vezes por semana em um mesmo supermercado. Apesar das restrições a sua liberdade, Marin poderá contar com a estrutura do prédio, que inclui confortos como academia de ginástica e serviço de camareira.
