A desoneração do medicamento havia sido anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro na noite da última sexta-feira (10), mas a decisão só foi oficializada hoje.
Segundo o Ministério da Saúde, a AME é uma doença rara, degenerativa, passada de pais para filhos e que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores, responsáveis pelos gestos voluntários vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover.
Varia do tipo 0 (antes do nascimento) ao 4 (segunda ou terceira década de vida), dependendo do grau de comprometimento dos músculos e da idade em que surgem os primeiros sintomas. Até o momento, não há cura para a doença.
Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apagou e depois alterou uma nota publicada na última quinta-feira (9) no site da entidade que alertava sobre os riscos de usar a ivermectina no tratamento do coronavírus.
O recuo ocorreu após o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), defender o remédio durante uma transmissão ao vivo.
Na primeira nota, publicada às 18h38min da quinta-feira, a Anvisa ressaltou que não existem estudos conclusivos que comprovem a eficácia do medicamento para a Covid-19, uma vez que é usado no controle de parasitas. “Não há recomendação, no momento, para a utilização em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação”.
Na segunda versão, porém, o texto inclui um novo trecho: “Bem como não existem estudos que refutem esse uso”.
Na primeira versão, a Anvisa esclarecia que foram registrados na base de dados da agência 26 estudos que ocorrem no mundo todo para verificar a eficácia desse tratamento. No Brasil, apenas um está em curso, na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).