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Brasil O governo já admite votar a reforma da Previdência na semana que vem, mesmo sem ter a garantia de 308 votos necessários à aprovação da proposta na Câmara dos Deputados

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Os documentos servirão para apoiar as investigações no inquérito relacionado ao deputado João Carlos Bacelar. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente Michel Temer reduziu o piso e agora espera contabilizar pelo menos 290 votos favoráveis à reforma da Previdência, para colocar a proposta em votação já na próxima terça-feira. A meta baixou em relação às últimas semanas, —quando o governo estabelecia 330 votos para levar o texto ao plenário da Câmara— dos Deputados, em meio às dificuldades que os deputados têm apresentado em apoiar a medida.

Na manhã dessa quarta-feira, durante uma encontro no Palácio da Alvorada, Temer pediu empenho de seus aliados para que seja feita uma contagem de votos mais objetiva. O governo precisa de pelo menos 308 dos 513 deputados da para aprovar a reforma, em dois turnos de votação.

Depois da onda de otimismo que começou nesta semana, o encontro dessa quarta-feira, porém, deixou claro aos líderes da base e ao próprio chefe do Executivo que ainda não há votos suficientes para aprovar a reforma da Previdência neste ano. Enquetes feitas pela imprensa em Brasília na semana passada apontaram que ao menos 220 parlamentares devem votar contra a proposta de reforma, o que inviabiliza a meta de 308 votos favoráveis.

Segundo parlamentares que participaram da reunião, o cenário atual é de cerca de 260 votos. Com um placar ainda longe dos 308 votos, o deputado Beto Mansur (PRB-SP), importante aliado de Temer, disse que o governo vai trabalhar até o último minuto para conquistar votos. Ele também comparou a missão ao processo que levou ao afastamento da então presidenta Dilma Rousseff, em 2016.

Contrariedade

Aliados de Temer se irritaram com a falta de disposição de alguns líderes em passar a contagem exata de votos de cada partido, como Arthur Lira (AL), líder do PP na Câmara. No encontro, os partidos da base aliada evitaram fazer promessas de fechamento de questão —quando a bancada precisa votar unida, com possível punição para quem descumprir a ordem.

Até agora, somente o PMDB – partido de Temer – e o PTB garantiram que seguirá a orientação do presidente. O rachado PSDB, por exemplo, não enviou nenhum parlamentar para o café da manhã e ainda é foco de preocupação do Planalto. Nas contas mais otimistas do governo, dos 46 deputados tucanos, cerca de 33 podem votar a favor da reforma —o eleitorado do PSDB é historicamente a favor da medida.

O PTB fechou questão com o governo após o encontro. A decisão ocorre em meio às pressões internas e externas, além da perspectiva da sigla em aumentar o seu espaço na Esplanada dos Ministérios. O partido comandando por Roberto Jefferson, que foi pivô e condenado no escândalo do mensalão, tomou a decisão antes mesmo do PMDB, sigla do presidente.

Ao todo, o PTB conta com uma bancada de 16 deputados federais em exercício e está à frente do Ministério do Trabalho e da Casa da Moeda. A bancada do PSD, partido do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ainda não garante nem 50% de apoio à reforma da Previdência. Apenas 15 dos 38 deputados da legenda hoje estão convencidos a votar pela proposta, de acordo com o ministro Gilberto Kassab (Comunicações).

“São 15 que estão plenamente convencidos, aproximadamente dez discutindo e com probabilidade grande de votar e outros ainda avaliando”, disse Kassab. No PR, o líder da bancada, José Rocha (BA), calcula ter apenas 16 dos 37 deputados a favor da reforma. O partido se reúne no final desta tarde para discutir o tema. A ideia da tropa de choque do Planalto é esquematizar os votos por legenda, inclusive para contabilizar os dissidentes dentro da própria base aliada.

Na reunião, Temer reconheceu as dificuldades de aprovar a proposta neste ano, mas ressaltou que, se não for votada agora, o tema vai pautar a disputa eleitoral de 2018. O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), saiu da reunião com um placar bem mais otimista que os colegas: acredita que há de 290 a 310 votos a favor da proposta.

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