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| O problema dos carros sem motorista do Google são os seres humanos

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Maior parte dos acidentes com carros autônomos aconteceu por causa de erros humanos. (Crédito: Reprodução)

OGoogle está à frente na corrida pela fabricação de carros que dispensam motoristas para se locomover nas cidades, mas está enfrentando um problema de segurança curioso: os humanos. Em agosto, quando um desses carros autônomos da companhia aproximou-se de um cruzamento, fez o que deveria fazer: reduziu a velocidade para um pedestre atravessar a rua, o que levou o seu “condutor de segurança” a usar o breque. Com o pedestre correu tudo bem, mas com o carro nem tanto. O veículo acabou atingido na traseira por um sedã conduzido por um motorista humano.

A frota de carros autônomos em teste do Google está programada para seguir a lei à letra. Mas pode ser difícil se deslocar se você fica muito preso às normas. Em 2009, um carro da empresa em fase de testes não conseguiu seguir em frente em um semáforo de quatro tempos porque seus sensores ficaram à espera de que os outros motoristas (humanos) parassem completamente para deixá-lo passar.

Os motoristas, porém, avançavam lentamente para atravessar o cruzamento. O robô do Google ficou paralisado sem saber em qual momento deveria se movimentar. Este, aliás, não é o único problema. Pesquisadores da área de veículos autônomos afirmam que um dos maiores desafios enfrentados pelos carros automatizados é integrá-los em um mundo em que os humanos não se comportam de acordo com as normas.

“O problema, de fato, é que o carro é seguro demais”, apontou Donald Norman, diretor do Design Lab na Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos. “Eles têm de aprender a ser agressivos na medida certa, e a medida certa depende da cultura.”

Acidentes e mortes poderão muito bem disparar em um mundo sem nenhum motorista no controle de um carro, como preveem alguns pesquisadores. Mas o amplo uso dessa tecnologia deve demorar ainda muitos anos e os encarregados dos testes ainda analisam os riscos hipotéticos – como invasões de hackers – e os desafios apresentados pelo mundo real, como os procedimentos quando um automóvel autônomo quebra em uma rodovia.

No momento, há um problema de curto prazo que é integrar robôs e humanos. Carros de várias montadoras já possuem tecnologia que pode alertar ou até substituir o motorista, seja por meio de controle avançado de velocidade ou de breques que podem funcionar autonomamente.

Mas humanos e máquinas, parece, são uma combinação imperfeita. É o caso da tecnologia para mudança de faixa na estrada, que usa bipes ou vibrações para alertar o motorista quando o carro se evade para a outra faixa.

Um estudo realizado em 2012 – que surpreendeu os pesquisadores – concluiu que carros com esses sistemas registraram um número de acidentes ligeiramente mais alto do que veículos sem eles. Bill Windsor, especialista em segurança, diz que os motoristas ficam irritados com o bipe e acabam desligando o sistema.

O próprio Windsor recentemente se defrontou com um dos desafios nos quais a sofisticada tecnologia se choca com o comportamento humano. Esteve em uma estrada viajando com seu novo Volvo, equipado com “controle de velocidade adaptável”.
O recurso faz com que o carro adapte automaticamente sua velocidade quando as condições de tráfego justificam isto. Mas segue exatamente as normas. Assim, o sistema deixa o que é considerada uma distância segurança entre o carro e o veículo da frente – o que também é espaço suficiente para um automóvel da pista ao lado se encaixar, ultrapassando-o, e, de acordo com Windsor, eles tentam fazer isso com frequência.

Dmitri Dolgov, chefe da área de software do Self-Driving Car Project do Google, conclui que uma coisa que aprendeu com o projeto foi que os condutores humanos precisavam ser “menos imbecis”. (AE)

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https://www.osul.com.br/o-problema-dos-carros-sem-motorista-do-google-sao-os-seres-humanos/ O problema dos carros sem motorista do Google são os seres humanos 2015-09-12
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