Segunda-feira, 20 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2020
Segundo ele, apesar da lentidão enfrentada por uma falha técnica, a Corte está de “alguma maneira pagando um preço por ter feito uma opção por segurança”
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STFO vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, afirmou neste domingo (15) que a Corte “chamou para si a responsabilidade” da totalização dos votos ao concentrar esse medida no sistema do TSE.
Segundo ele, apesar da lentidão enfrentada por uma falha técnica, a Corte está de “alguma maneira pagando um preço por ter feito uma opção por segurança”. “Dados chegaram íntegros, se mantêm íntegros e assim serão divulgados”, disse Fachin.
Neste ano, o pleito conta com uma novidade no processo de totalização dos votos. Agora, essa etapa está concentrada no data center do TSE, enquanto que nos últimos pleitos o processamento era feito nesses sistemas dos TREs. Ou seja, houve uma redução de 27 pontos de totalização para um.
“Nesse momento, a opção que foi feita é extremamente positiva porque nós estamos tranquilos do ponto de vista da integridade dos dados”, afirmou Fachin. Mais cedo, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso havia afirmado que desde o primeiro momento não teve simpatia com essa opção, decidida antes que ele ocupasse a cadeira chefe da Justiça Eleitoral, o que ocorreu em maio.
Barroso disse também que possivelmente, por ser uma novidade, o modelo poderia estar na origem da instabilidade sofrida pelo TSE. Logo depois, no entanto, destacou que a justificativa que dispõe neste momento sobre a lentidão foi uma falha de hardware e que, portanto, não teria necessariamente a ver com a totalização dos votos centralizada.
Questionado se a medida foi tomada como forma de baixar custos, o presidente do TSE disse ser possível. Segundo ele, a concentração desse processo no TSE foi escolhida porque os Estados precisavam renovar seus equipamentos de totalização. “Portanto em vez de ter o custo de aquisição desses materiais em muitos Estados, era melhor um único para que isso ficasse centralizado no TSE”, comentou Barroso.