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Olimpíada Medina, Yasmin, Comitê Olímpico Brasileiro e Jogos de Tóquio: entenda a confusão que marcou as semanas antes do evento

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Modelo não foi credenciada pela COB para acompanhar o marido na Olimpíada de Tóquio. (Foto: Reprodução/Instagram)

Ao aterrissar em Tóquio para a disputa das Olimpíadas na segunda-feira, o surfista Gabriel Medina encerrou mais um episódio da que é, provavelmente, a maior novela até agora nos Jogos.

Há pouco mais de um mês, desde que Medina externou a recusa do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) em deixá-lo levar sua esposa Yasmin Brunet – que integra sua equipe desde janeiro –, como parte do estafe olímpico, os dois vinham tentando reverter a decisão da entidade – sem sucesso. Ao chegar no aeroporto em São Paulo na noite de sábado, Medina disse que não estava “indo 100%” para os Jogos.

Ele argumenta que ela é responsável por sua estatística, nutrição e apoio mental. Todos os surfistas que vão aos Jogos podem levar uma pessoa como equipe. No caso de Medina, o técnico Andy King, que o acompanhou na perna australiana do Circuito Mundial da WSL, será quem irá acompanhá-lo.

O COB afirma que Medina já havia credenciado King e que Yasmin não se insere nos requisitos e regras exigidos pelo Comitê Organizador, pontuando que “apenas profissionais da área técnica com experiência comprovada poderiam ser credenciados”. O surfista, no entanto, argumenta que, se assim fosse, o estafe de outros competidores também não poderiam ser inscritos.

Com o começo das Olimpíadas e uma provável pausa na novela, relembre abaixo como essa tensão entre Medina, Yasmin e COB foi iniciada e se arrastou até o início dos Jogos.

A novela começou em uma entrevista de Medina à CNN, em 15 de junho, quando afirmou que desejava levar duas pessoas – seu técnico e sua mulher – para as Olimpíadas, mas que seus pedidos ao COB não haviam sido respondidos.

“Questionei também se posso levar a Yasmin, porque ela tem viajado comigo. Aí eles [COB] falaram que ela não tem nada a ver com o surfe, que ela não poderia ajudar a delegação. Mas e o marido da Tati [Tatiana Weston-Webb]? Ele surfa, participou do circuito mundial. Estou só questionando por que eu não posso levar? São as pessoas que me ajudam. Não é porque é melhor, é porque são pessoas que estão no meu dia a dia. Acho certo eles levarem o time deles, só que eu não sei qual a dificuldade de eu levar o meu time. Eu vou ter que viajar sozinho? Por que só comigo, sabe?”, questionou o surfista.

O COB, no entanto, informou que havia uma limitação de credenciais para as delegações por causa da pandemia, na qual cada surfista da equipe brasileira só poderia ter o acompanhamento de uma pessoa. A entidade também explicou que “apenas profissionais da área técnica com experiência comprovada poderiam ser credenciados”.

Dias depois, Medina explicou que Yasmin é responsável pela sua estatística, nutrição e apoio mental, argumentando que, no surfe, os atletas não se prendem à formação acadêmica para montagem do estafe. Ele disse se sentir “muito prejudicado e injustiçado” com a negativa do COB.

Na entrevista, ele afirmou que escolheu Yasmin por se sentir bem e confortável para competir com ela. Apesar de não ter formação, ela tem “a expertise necessária que preciso”, segundo o surfista. Ele ainda explicou que a mulher filmava as baterias dele e de adversários, produzindo análises estatísticas, além de criar estratégias mentais e dar suporte psicológico e nutricional.

Ele argumentou que o surfista Ítalo Ferreira levaria um amigo, que faz análises de vídeos, e que a surfista Tatiana Weston-Webb levaria o marido, Jesse Mendes, que tem uma carreira consolidada no circuito mundial e disputou as etapas de elite em 2018 e 2019.

Quase duas semanas depois, foi a vez de Yasmin dar sua versão. No instagram, afirmou: “isso para ele não é uma brincadeira, ele não quer me levar para passear no Japão”. Ela disse que Medina estava passando por momentos complicados na vida pessoal e que ela era uma das poucas que sabia “o que estava acontecendo” e que o apoiava.

No mesmo dia, 7 de junho, assessores de Medina informaram que o COB havia dado a “palavra final”, vetando a ida de Yasmin. O surfista chegou a falar com Paulo Wanderley, presidente da entidade, mas nada mudou. Com isso, já estava quase certo que ele levaria King, que o acompanhou na perna australiana do Circuito Mundial da WSL e que já estava com a credencial olímpica.

A novela esquentou pouco mais de uma semana depois, quando foi revelado que o COB autorizou a atleta de lançamento de discos Andressa Morais a levar o marido para a Olimpíada no papel de treinador, mesmo ele não sendo técnico dela. No Instagram, Yasmin escreveu: “a verdade sempre aparece. Sabia que era pessoal”.

Segundo o portal UOL, o comitê se justificou e disse que a medida só foi autorizada depois que a entidade, ao lado da Confederação Brasileira de Atletismo, encerrou as tentativas de substituição do técnico da atleta, que não poderá ir.

Medina embarcou na noite do último sábado para Tóquio e foi ao aeroporto acompanhado por Yasmin, que se despediu dele. Ao portal UOL, o surfista disse que a situação era “chata”: “não estou indo 100%. É ela quem me dá força e eu gosto de estar junto dela”. As informações são do jornal O Globo.

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