Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 25 de fevereiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A 25 de fevereiro de 1986, houve o anúncio: cinco médicos da equipe de 20 que tratou de Tancredo Neves no Hospital de Base de Brasília serão processados pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, que concluiu sindicância de 300 páginas, apontando procedimentos atentatórios à ética.
O presidente do Conselho, Francisco Costa, acusou defasagem de tempo entre o diagnóstico e a primeira operação, além de divergências entre médicos.
A sindicância questionou a manutenção do diagnóstico de diverticulite, quando havia um tumor; a causa da hemorragia que obrigou a transferência de Tancredo para São Paulo; as omissões do prontuário médico; as falhas administrativas e a presença de excesso de pessoas no centro cirúrgico.
Passados quase 31 anos, ainda há lacunas: ninguém foi responsabilizado e permanece o silêncio em torno do caso.
O historiador e pesquisador médico Luis Mir vai requerer a reabertura da sindicância ao Conselho Federal de Medicina.
Desde 1986, Mir estuda o caso respaldado em entrevistas com 42 médicos envolvidos, prontuários, diagnósticos, exames, cirurgias, procedimentos, notícias e condutas no pré e pós-operatório.
“O paciente está morto, mas a história é viva”, resume Mir.
Lembra que entre médicos e não médicos, chegaram a circular, dentro da sala de cirurgia, cerca de 60 pessoas. Um show ruinoso para médicos e pacientes.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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