Domingo, 10 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de janeiro de 2016
Com dificuldades para encontrar compradores para a maior parte dos negócios que colocou à venda, a direção da Petrobras começou a mexer em um tabu. A estatal está disposta a abrir mão do controle ou até vender empresas inteiras, e não mais participações minoritárias, como era o plano inicial.
Essa disposição envolve somente áreas fora da atividade principal da companhia, que é exploração, produção e refino de petróleo. Além da mudança no formato, no mês passado a lista de ativos à venda cresceu significativamente em relação à primeira oferta, feita no início de 2015. A intenção da estatal é se desfazer de termelétricas, usinas de biodiesel e etanol, fábricas de fertilizantes, sua transportadora de gás natural (TAG) e a fatia na petroquímica Braskem, além de operações na África, na Argentina, no Japão e nos Estados Unidos.
Tudo isso porque a estatal precisa arrecadar pelo menos 14,4 bilhões de dólares até o final do ano para reduzir sua dívida líquida, de 100 bilhões de dólares, que a coloca como a petroleira mais endividada do mundo. Em 2015, a empresa somente conseguiu vender 49% da Gaspetro, colocando 1,9 bilhão de dólares no caixa.
Uma das principais apostas é a venda das térmicas. No ano passado, a estatal queria se desfazer de participações minoritárias na suas 20 usinas. Como as sondagens mostraram que não haveria interessados, o plano agora é tentar vender um pacote de cinco a oito usinas, mas inteiras. A avaliação é que assim seria mais fácil atrair interessados e levantar a mesma quantia – ou até mais – do que se fossem negociados pedaços das duas dezenas de usinas. (Folhapress)