Terça-feira, 28 de maio de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Polícia Federal acha aparelho de escuta na sua sede em Curitiba

Compartilhe esta notícia:

Equipamento estava próximo à escada que liga o segundo ao terceiro andar, em local em que policiais eventualmente se reúnem para fumar. O aparelho foi enviado para análise. )Foto: André Richter/Abr)

Um delegado da PF (Polícia Federal) encontrou um equipamento de escuta na sede da corporação em Curitiba (PR), em um andar abaixo daquele em que trabalha a equipe da Operação Lava-Jato. O equipamento estava próximo de uma escada que liga o segundo ao terceiro andar, em local em que policiais eventualmente se reúnem para fumar. O aparelho encontrado foi enviado a Brasília para análise.
Policiais da Lava-Jato disseram, sob condição de anonimato, acreditar que eles não eram o alvo da escuta. Na visão deles, a instalação do equipamento está ligada às disputas internas pelo poder. Um grupo de delegados que perdeu poder estaria tentando derrubar o superintendente regional da PF no Paraná, o delegado Rosalvo Franco.

Procurada, a assessoria de comunicação da PF em Curitiba afirmou que não fará comentários até que as investigações sobre o aparelho sejam concluídas.
Youssef
É o segundo equipamento de escuta encontrado na sede da PF, em Curitiba, desde que a Lava-Jato teve início, em março do ano passado. Em abril de 2014, antes de fazer o acordo de delação, o doleiro Alberto Youssef apresentou um aparelho que estava na sua cela. Uma sindicância da PF concluiu que o aparelho estava inativo. Após a investigação, o juiz federal Sérgio Moro afirmou que não houve violação aos direitos do doleiro porque não havia nenhuma gravação para provar que o equipamento havia sido usado.
Entenda a operação
Com início em um posto de gasolina – de onde surgiu seu nome –, a Lava-Jato, deflagrada em março de 2014, investiga um grande esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras do País e políticos.
Uma das primeiras prisões foi a do doleiro Alberto Youssef. Criado em Londrina, foi vendedor de pastel e contrabandista de eletrônicos do Paraguai antes de virar doleiro. Foi preso nove vezes. Uma delas, pela participação no chamado caso Banestado, maior escândalo já investigado no Brasil sobre remessas ilegais de dinheiro.
Três dias depois, houve a prisão de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras. Costa era investigado pelo MPF (Ministério Público Federal) por supostas irregularidades na compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, no Texas, nos Estados Unidos, em 2006. Ele passou a ser investigado pela PF após ganhar, em 2013, um carro de luxo
de Youssef.
Após as prisões, vínculos entre o doleiro, Costa, empreiteiras e políticos foram revelados. O primeiro a ser atingido foi o deputado federal André Vargas (ex-PT-SP) que pegou carona de jatinho com Youssef.
Tanto Costa quanto Youssef assinaram com o MPF acordos de delação premiada para explicar detalhes do esquema e receber, em contrapartida, alívio das penas. Um ano após o início da Lava-Jato, já são 15 os delatores do esquema.
Em seu depoimento, o ex-diretor da Petrobras afirmou que havia um esquema de pagamento de propina em obras da estatal por parte de empreiteiras, e que o dinheiro abastecia partidos como PT, PMDB e PP.
Em novembro de 2014, a PF deflagrou uma nova fase da Lava-Jato, que envolveu buscas em grandes empreiteiras como a Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e outras sete companhias.
Moro é responsável pelas ações penais decorrentes da Lava-Jato nos casos que não envolvem políticos – que possuem foro privilegiado e, por esse motivo, são investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Em janeiro deste ano, a Justiça Federal do Paraná começou a ouvir os primeiros depoimentos de testemunhas de acusação: Paulo Roberto Costa, os executivos ligados à Toyo Setal, Venina Velosa Fonseca, funcionária da Petrobras que afirmou às autoridades ter avisado a então presidenta da estatal petroleira Graça Foster sobre as irregularidades na petrolífera, entre outros.
No dia 3 de março de 2015, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregou ao STF uma lista com 28 pedidos de inquéritos de políticos envolvidos com o esquema de corrupção na Petrobras.
Relator dos processos relativos à Lava-Jato no Supremo, o ministro Teori Zavascki autorizou a abertura de todas as investigações.
São 50 políticos de seis partidos: PT, PSDB, PMDB, PP, SD e PTB. Ele também acatou sete pedidos de arquivamento, incluindo um inquérito sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que concorreu à Presidência em 2014.  (Folhapress)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Após prejuízo, Petrobras tem lucro líquido de 5,33 bilhões de reais no primeiro trimestre
Justiça bloqueia 282 milhões de reais em bens da construtora OAS
https://www.osul.com.br/policia-federal-acha-aparelho-de-escuta-na-sua-sede-em-curitiba/ Polícia Federal acha aparelho de escuta na sua sede em Curitiba 2015-05-16
Deixe seu comentário
Pode te interessar