Domingo, 12 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 12 de maio de 2017
O principal alvo da operação Bullish é a empresa JBS, dos empresários Joesley e Wesley Batista. Embora a empresa não seja alvo de busca e apreensão, a Polícia Federal faz buscas e leva coercitivamente para depor pessoas envolvidas nos aportes bilionários que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) realizou para que as empresas da família Batista se tornassem a maior produtora e comercializado de proteína animal do mundo.
A Justiça Federal em Brasília determinou o cumprimento de mandados de busca e apreensão nas casas dos irmãos Joesley e e Wesley Batista, donos da JBS, que detém as marcas Friboi e Seara. Também é alvo da medida o ex-presidente do banco Luciano Coutinho.
O ex-ministro Antonio Palocci (Governos Lula e Dilma) e sua empresa de consultoria, a Projeto, são investigados.
O juiz Ricardo Augusto Leite,da 10.ª Vara Federal de Brasília, proibiu os irmãos Joesley e Wesley Batista de promoverem qualquer mudança estrutural nas empresas do grupo J&F Investimentos. Também determinou que não possa ser feita a inclusão ou exclusão de sócios até a produção do relatório final da Polícia Federal sobre os negócios dos irmãos.
Segundo a PF, os aportes do banco público foram realizadas após a contratação de empresa de um político. Por conta disso, as operações de desembolso dos recursos públicos teriam tido tramitação recorde. O ex-ministro Antonio Palocci, preso em Curitiba por conta da Lava-Jato, é investigado pela PF.
O BNDESPar tem mais de 581 mil ações da JBS, ou cerca de 21% em participação na empresa. Segundo a PF, os aportes, realizados a partir de junho de 2007, tinham como objetivo a aquisição de empresas também do ramo de frigoríficos no valor total de 8,1 bilhões de reais.