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Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2017
A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta terça-feira (31), em Pernambuco, a Operação Vórtex, desmembramento da Operação Turbulência, que investiga a propriedade do avião de prefixo PR-AFA, envolvido no acidente que matou o ex-governador do Estado e então candidato à Presidência Eduardo Campos. A tragédia ocorreu em agosto de 2014, em Santos (SP).
Nessa fase da investigação, 30 policiais federais cumpriram dez ordens judiciais, sendo seis mandados de busca e apreensão e quatro de condução coercitiva. Os crimes investigados são corrupção e lavagem de dinheiro.
Ao analisar as contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas utilizadas para a compra do avião CESSNA CITATION, observou-se que os valores transferidos por uma das empresas investigadas na Operação Turbulência haviam sido na verdade repassados, dois dias antes, por uma terceira empresa, que ainda não havia sido alvo da investigação original.
A exatidão do montante e o curto lapso temporal envolvido nas duas transações sugerem, assim, que a conta investigada na Operação Turbulência tenha sido mera conta de passagem. As investigações apontaram que a empresa remetente dos recursos possui contratos milionários com o governo pernambucano e que suas doações a campanhas políticas aumentaram de forma exponencial ao longo dos últimos anos, notadamente para o partido e candidatos apoiados pelo ex-governador Eduardo Campos.