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Geral Poupança, Selic, Fundos: especialistas apontam onde investir com segurança

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(Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Na última quarta-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidiu manter em 2% ao ano a taxa básica de juros (a Selic). Um dos principais indicadores do mercado financeiro brasileiro, a Selic tem influência no retorno aos investidores e nos pagamentos de consumidores de operações de empréstimos e financiamentos. Além disso, também é usada como parâmetro pelo BC para controlar a inflação e estimulam o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas do país). De acordo com estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), desde março de 2013, a taxa Selic teve uma redução de 72,41% (5,50 pontos porcentuais), ao baixar de 7,25% para 2% ao ano.

No levantamento, a Anefac também mostrou que, ao decidir onde vai aplicar o seu dinheiro, o cidadão deve prestar atenção em vários detalhes. O principal deles é quanto a instituição financeira cobra de taxa de administração (remuneração pela prestação de serviços de gestão). Nos cálculos da associação, se a taxa de administração for maior do que 0,5% em um fundo de renda fixa, por exemplo, a quantia aplicada vai render menos nessa modalidade do que na caderneta de poupança – modalidade preferida dos brasileiros que iniciam seus investimentos, pela segurança, mas que andou por um tempo pouco atrativa e sem oferecer ganho real (acima da inflação). Agora, de acordo com a Anefac, com a Selic a 2% ao ano, os investidores em busca de ganhos começam a admitir mais riscos. Nesse sentido, uma das opções passou a ser o Tesouro Direto (negociação de títulos públicos).

Os investimentos mais procurados são os atrelados à Selic (Tesouro Selic) por sua suposta segurança. Selic que não escapou, contudo, dos impactos provocados pela decisão do Copom, que alterou seu rendimento e acabou por deixar a poupança mais lucrativa. Como exemplo, a Anefac aponta que, com os juros no patamar mais baixo da história, uma aplicação de R$ 10 mil na poupança a 2% anuais, após 12 meses, dá ao consumidor retorno de R$ 140. Caso fosse aplicado em fundo com taxa de administração de 0,5%, o retorno seria de R$ 109.

O economista Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, afirma que “a captação da poupança aumentou. E um dos motivos foi o fato de o pessoal de baixa renda conseguir guardar dinheiro quando passou a receber o auxílio emergencial pago pelo governo para fazer frente à crise econômica provocada pela contaminação do novo coronavírus. O que mostra que o brasileiro está criando uma reserva”. Até dezembro, de acordo com o governo, serão R$ 321,8 bilhões injetados na economia com o auxílio emergencial.

Em meio à pandemia, a caderneta de poupança registrou captação líquida de R$ 13,2 bilhões em setembro. O valor é o maior para o mês de toda a série histórica do BC, iniciada em 1995, e representa o sétimo mês consecutivo de saldo líquido positivo. Esse resultado da poupança se deve a depósitos de R$ 294 bilhões e retiradas de R$ 280,8 bilhões. No acumulado do ano, o ingresso líquido de recursos na caderneta chegou a R$ 137,2 bilhões, também recorde para o período.

De janeiro a setembro do ano passado, ao contrário, houve saída de R$ 6,063 bilhões. Franchini complementa que os investidores, diante das sucessivas crises no país, vêm mudando o perfil. Alguns que já tinham reserva e querem ampliar os horizontes estão “buscando alternativas para ter ganhos reais acima da inflação e aumentando os risco dos investimentos”, lembra o economista.

Segundo especialistas, com a Selic a 2% ao ano, a caderneta passa a render 1,4% no período. Em setembro, a poupança rendeu 0,12%, ante variação de 0,16% do CDI, o principal referencial das aplicações de renda fixa. No ano, o retorno da caderneta chega a 1,76% (ante 2,28% do CDI) e, em 12 meses, a 2,67%, enquanto o CDI tem variação de 3,54%. O investidor Vitor Craveiro, 28 anos, morador de Brasília não vê a poupança como o melhor caminho para quem deseja ganhar dinheiro e defende a busca por novas alternativas para obter lucro.

Com esse rendimento ao ano e considerando a inflação, a poupança significa um ganho negativo. Ou seja, no final das contas, os brasileiros estão perdendo dinheiro”, analisa Craveiro, que está há 14 anos no mundo dos investimentos. Mas, o medo de arriscar ainda gera muito receio em quem pretende começar a investir. Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos, ressalta a importância de se respeitar o perfil de cada pessoa. “O investidor, antes de tudo, tem que avaliar se é conservador, moderado ou arrojado e, a partir daí, diversificar seus investimentos, analisando os juros. Estando ciente de que o cenário de taxas no Brasil não vai mudar logo”, explica. As informações são do jornal Correio Braziliense.

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https://www.osul.com.br/poupanca-selic-fundos-especialistas-apontam-onde-investir-com-seguranca/ Poupança, Selic, Fundos: especialistas apontam onde investir com segurança 2020-11-03
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