Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 24 de junho de 2023
Local onde, segundo a tradição, o imperador Júlio César foi assassinado, o monumental complexo de templos romanos do Largo Argentina ficou esquecido em meio ao trânsito caótico do centro de Roma, capital da Itália. Pois seu acesso foi aberto ao público pela primeira vez desde a sua descoberta, no início do século 20. Agora, turistas podem passear pela área.
O imperador romano foi esfaqueado até a morte, em 44 a.C., por um grupo de senadores nos Idos de Março do Calendário Romano – que corresponde ao dia 15 de março no calendário atual. E o relato desse assassinato foi eternizado por William Shakespeare em peça de teatro que leva o nome de César.
Localizado no centro da capital italiana, o Largo abriga partes remanescentes de quatro templos, descobertas há quase um século. O achado se deu durante a demolição de alguns edifícios antigos que trouxeram à luz um dos mais importantes e antigos sítios arqueológicos de Roma.
Importância
No entanto, vários incêndios e renovações foram mudando sua estrutura até que o local foi enterrado sob as ruas da Cidade Eterna por séculos. Apesar da importância desse espaço sagrado, ainda não está claro a quais deuses cada templo era dedicado.
Algumas das hipóteses mais aceitas apontam que nesses espaços a deusa Feronia, controladora das florestas, a ninfa Juturna, divindade menor das águas e nascentes, os Lares Permarinos, que protegiam os romanos quando viajavam, e a deusa Fortuna em uma de suas muitas formas.
As ruínas estão todas abaixo do nível da rua e, até recentemente, só podiam ser vistas por trás de barreiras próximas a um cruzamento de avenidas movimentadas. Desde a última terça-feira (20), os visitantes podem percorrer o local no nível do solo na passarela e ver as estruturas de perto. O projeto foi financiado pela casa de moda italiana Bulgari, com o dinheiro que sobrou da restauração da famosa Escadaria Espanhola, em Roma. O Largo Argentina foi descoberto e escavado pela primeira vez durante um trabalho de construção na década de 20.
A área – próxima onde César, segundo Shakespeare, exclamou “Até tu, Brutus?”, ao ver seu afilhado Brutus entre seus assassinos – atualmente também abriga um santuário para gatos.
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