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Mundo Rússia diz que os Estados Unidos não deveriam se preocupar com exercícios com navios de guerra em Cuba

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Dois navios de combate russos enviados a Cuba têm capacidade nuclear

Foto: Reprodução de vídeo
Dois navios de combate russos enviados a Cuba têm capacidade nuclear. (Foto: Reprodução de vídeo)

Em meio a um clima de tensão que remonta à Guerra Fria, a Rússia disse que os Estados Unidos não deveriam se preocupar com os navios de guerra russos que estão em Cuba para exercícios militares.

Autoridades cubanas afirmaram que se trata de uma operação entre dois países com uma amizade histórica e que “nenhuma das embarcações russas carrega armas nucleares”. Segundo o governo de Cuba, “a presença dos russos não representa ameaça para a região”. Os navios russos devem permanecer na ilha até o início da próxima semana.

“Isso é uma prática normal para todos os Estados, incluindo uma grande potência marítima como a Rússia. Então, não vemos razão para preocupação neste caso”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres quando questionado sobre o suposto nervosismo norte-americano por receio de transferência de armas russas a Cuba ou até mesmo a instalação de uma base militar na ilha.

Entretanto, os EUA ligaram o alerta porque a visita russa a Cuba é interpretada como uma demonstração de força em meio às crescentes tensões entre o presidente Vladimir Putin e países do Ocidente por conta da guerra na Ucrânia.

Além de designar uma frota com três destróieres lançadores de mísseis, um navio e uma aeronave de patrulha marítima, os EUA lançaram também um submarino nuclear de ataque rápido para monitorar os navios russos. A embarcação chegou na quinta (13) na Baía de Guantánamo. Os EUA interpretam que o exercício não representa uma ameaça, mas estão observando de perto, segundo o Conselheiro de Segurança, Jake Sullivan.

Perguntada sobre qual sinal Moscou estaria enviando com sua presença no Caribe, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que o Ocidente “parece surdo” a qualquer sinal diplomático de Moscou e que presta atenção apenas quando o Exército ou a Marinha russos fazem alguma coisa.

“Quando se trata de exercícios ou viagens marítimas, imediatamente ouvimos perguntas e um desejo de saber do que se tratam essas mensagens. Por que apenas os sinais relacionados ao nosso Exército e Marinha chegam ao Ocidente? Por que o Ocidente permanece completamente surdo e, em seguida, cria as campanhas mais poderosas para impedir que os sinais diplomáticos russos entrem em seu contexto informativo?”, declarou.

No caminho para Cuba, os navios russos realizaram exercícios militares no Oceano Atlântico, onde simularam ataques a alvos marítimos a 600 quilômetros de distância com mísseis hipersônicos, segundo o Ministério de Defesa russo.

A movimentação elevou as tensões entre EUA e Rússia porque dois dos navios de combate enviados a Cuba são modernos e têm capacidade nuclear. A frota contém quatro embarcações.

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