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Saúde Saiba como lidar com as alterações dermatológicas que são companheiras da quarentena

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Uma boa limpeza diária e o uso de produtos específicos podem surtir um bom resultado contra a acne. (Foto: Reprodução)

Para além de toda a tragédia, a pandemia do novo coronavírus trouxe outras consequências para a vida das pessoas. Muitas eram claras e prováveis, como o impacto na economia, por exemplo. Outras, mais sutis, só se fizeram visíveis com o passar do tempo – caso da incidência de doenças dermatológicas. A acne foi sua fiel companheira nos últimos meses? Fique tranquila, você não está sozinha.

Nesta segunda-feira (10), Fiorella Mattheis se queixou em suas redes sociais sobre estar sentindo os fios caindo muito mais durante este período. “Estou sentindo meu cabelo cair mais que o normal durante o banho. O de vocês está assim também? O que eu faço, tem alguma dica?”, questionou na web.

Segundo Márcia Senra, dermatologista e coordenadora do Departamento de Psicodermatologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), as pesquisas e análises quantitativas quanto ao aumento de casos ainda estão em andamento – até porque o British Journal of Dermatology publicou, no mês passado, um estudo da Academia Espanhola de Dermatologia e Doenças Venéreas (AEDV) sobre possíveis sintomas cutâneos da Covid-19. “Mas já posso afirmar que estamos sendo procurados principalmente por mulheres com queixa de perda acentuada de cabelos, novas lesões de vitiligo, psoríase, dermatite seborreica e piora da acne”, conta ela.

A psicodermatologia é uma área que estuda a complexa interação entre a saúde mental e a pele por meio dos sistemas nervoso, endócrino e imunológico. “O excesso de cortisol (um dos hormônios ligados ao estresse) é capaz de afetar o sistema imunológico, que, quando ativado, libera mediadores de inflamação. Estes atuam em receptores na pele, que causam doenças inflamatórias como a dermatite atópica e a urticária”, explica a dermatologista Caroline Lipnharski, de São Paulo. Ou seja, se as dúvidas e mudanças deste momento em que vivemos nos deixam com os nervos à flor da pele, natural então que o maior órgão do corpo humano se manifeste também.

Sabia que um terço dos atendimentos dermatológicos é de pacientes que apresentam aspectos psicossociais ligados às queixas? “Os mais comuns são transtornos de ansiedade, depressivos e obsessivos compulsivos”, enumera Márcia Senra. Isso, em circunstâncias normais. Os gatilhos mentais causados pelo isolamento podem piorar os quadros. “Dependendo da maneira como a pessoa reage aos eventos da vida, pode-se desencadear um ataque ou piora de dermatoses crônicas como a herpes e a alopecia”, esclarece a médica. Mas como amenizar o problema? O primeiro passo é observar os sintomas, entender o contexto e manter a calma. “É preciso estar consciente de que, neste momento, a sua doença dermatológica pode piorar e isso não está fora da normalidade. Práticas de redução de estresse, como meditação e ioga, surtem melhoras comprovadas cientificamente”, diz Caroline.

Prevenção e tratamentos

Pequenos gestos de autocuidado são recomendados pelas dermatologistas como forma de evitar enfermidades, tais como uma simples hidratação diária na pele, esfoliações leves, uso de suplementos nutricionais e automassagem facial ou capilar. Esta última, aliás, é endossada pela cosmetóloga e tricologista Cris Dios, fundadora do Laces and Hair: “Prepare o banho com carinho e lave seu cabelo com consciência. É possível neutralizar o eflúvio Telógeno (a queda temporária) em casa mesmo, controlando a temperatura da água, diluindo os produtos antes de aplicá-los nos fios e mantendo o equilíbrio do couro cabeludo”. Cris atenta também para mudanças na dieta e falta de sol, que sintetiza a vitamina D e ajuda a metabolizar a produção da queratina, como possíveis fatores agravantes da quarentena na saúde dos cabelos.

Mas, claro, há casos e casos – e alguns precisam de acompanhamento médico. Com a recente autorização da telemedicina pelo Ministério da Saúde, é possível se consultar virtualmente com um especialista. Quando procurar ajuda? “Se a pele mudar de padrão e você estiver com sintomas físicos que prejudiquem o seu dia a dia, tais como oleosidade excessiva, queda de mais de 200 fios por dia, descamação excessiva do couro cabeludo, aumento de coceira na pele, aparecimento de manchas esbranquiçadas, etc.”, lista Caroline. “É importante que as pessoas não se automediquem ou finjam que nada está acontecendo, pois as doenças de pele podem piorar e tornar a qualidade de vida ainda pior”, conclui.

Sentiu que algo mudou, mas ainda não chegou a ponto de ter que procurar ajuda médica? Talvez a solução seja manter a calma e caprichar no autocuidado.

Para a acne

Preste atenção ao que você come (como anda o intestino?) e aos picos de estresse. Uma boa limpeza diária e o uso de produtos específicos podem surtir um bom resultado. Experimente o kit Antiacne (R$ 158), da Quintal Dermocosméticos, com produtos à base de argila verde (que remove a oleosidade) e melaleuca (que trata inflamações).

Vermelhidão na pele

Natural ficar mais agitada e (mesmo sem perceber) se coçar, apoiar as mãos ou esfregar o rosto. Que tal fazer isso de forma consciente com uma bela massagem facial? Aposte em cosméticos com efeito calmante, como o hidratante Epidrat Calm, da Mantecorp, ou o Aloe BHA Skin Toner (R$ 220), tônico da coreana Benton, que alivia a irritação e refresca a pele.

Queda de cabelos

Aproveite para fazer uma “lavagem consciente” durante o banho, massageando bem o couro cabeludo e diluindo os produtos antes de aplicá-los nos fios – o tônico Multivitaminas do Laces and Hair ajuda nessa missão. Outro aliado pode ser a Loção Phytonovathrix (R$ 240), da Phyto, que tem ação energizante e melhora a vascularização do couro.

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