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Colunistas Somos todos iguais?

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O arquiteto alemão Ludwig Mies Van der Rohe. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Não. A resposta para a pergunta é simples, ao maior estilo “less is more”, ou “menos é mais”, frase proferida pelo arquiteto alemão Ludwig Mies Van der Rohe no início do século XX e, até hoje, considerada o lema do movimento minimalista. O fato é que somos diferentes, únicos, cada um da sua forma, algo que cada vez mais tem sido reconhecido e valorizado na maior parte das empresas, que, ao longo das últimas décadas, têm valorizado continuamente a diferenciação como elemento-chave para a motivação dos colaboradores e método de seleção.

O conceito de meritocracia não é algo novo. Por sinal, é um tema já há muito tempo debatido. Contudo, a diferenciação tem ganhado, ao longo dos anos, bastante ênfase por grande parte dos empreendedores de sucesso devido ao fato de que o perfil mais desejado de colaborador da atualidade é o famoso “maker”, alguém proativo e capaz de resolver problemas de maneira deliberada, com autonomia e assumindo riscos, inclusive a responsabilidade por eles. De fato, a diferenciação tornou-se algo inerente à estratégia de sucesso das grandes e pequenas empresas, mas, para que ela funcione, é necessário liberdade. A liberdade é o combustível da autonomia e da responsabilidade, é o que permite que um indivíduo possa desenvolver em um ambiente suas habilidades, auferindo resultados diferenciados pelo esforço empenhado.

Outro Ludwig, o economista Mises, afirmava que somente aqueles que preferem estar livres da agonia de uma decisão veem na escolha uma profanação dos valores verdadeiros. O que Mises afirmava com essa frase é que devemos lutar pela liberdade de tomar decisões, sejam elas certas ou erradas. Assumir riscos implica em responsabilidade, e é isso que as empresas de hoje, desde startups até grandes organizações, valorizam em seus colaboradores. Elas querem profissionais que tenham a ambição de um sonho grande, a responsabilidade de um dono e a autonomia de um empreendedor.

Ludwig Von Mises e Ludwig Mies Van der Rohe não eram tão diferentes nesse sentido. Um lutava pela liberdade nos mercados, e o outro, pela liberdade criativa. Um lutava por um Estado mais simples, mais enxuto, enquanto o outro lutava por uma arquitetura mais racional, mais funcional. O fato é que, mesmo por vezes parecidos, somos todos diferentes, e devemos valorizar essa singularidade. É a nossa singularidade que permite o nosso sucesso profissional, a nossa personalidade, preservando nosso direito de escolha e a nossa liberdade para assumir os riscos que desejarmos. Somos todos diferentes.

Richard Machado, associado do IEE

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/somos-todos-iguais/ Somos todos iguais? 2018-01-31
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