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Celebridades Stênio Garcia diz estar “sem chão” e se preocupa com a sua saúde após ser demitido da TV Globo

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"Romperam de forma brutal e cruel meu contrato", disse o ator, famoso por "Carga Pesada"

Foto: Reprodução
"Romperam de forma brutal e cruel meu contrato", disse o ator, famoso por "Carga Pesada". (Foto: Reprodução)

Faz menos de duas semanas desde que Stênio Garcia recebeu a notícia de sua demissão da TV Globo. O ator de 87 anos, que passou 47 deles na emissora e interpretou mais de 60 personagens, como o marcante caminhoneiro Bino de “Carga Pesada” (1979), ainda não aceitou a ideia de se desvencilhar do local onde construiu boa parte de sua carreira.

“Você perde o chão, fica procurando onde se segurar”, afirma Garcia, com a voz embargada. “Mas aí você começa a fazer uma retrospectiva da sua vida, e começa a ver tudo o que viveu e aprendeu nos últimos anos. Agora estou disposto a enfrentar qualquer coisa que vier pela frente.”

Com a ajuda da esposa, Marilene Saade, o ator conta que tem sofrido com o período de isolamento, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, casado com o desligamento que o pegou de surpresa. É muita coisa junta, diz ele, que ainda tem dificuldades em falar a palavra demissão e tem passado os últimos dias à base de calmantes.

Antes de ser demitido, porém, Stênio era ausente na emissora. As pessoas o perguntavam se ele estava renegando papéis, “fugindo de trabalhos”, mas em realidade, ele havia sido “colocado na geladeira”.

Depois de interpretar papéis marcantes – como Zé do Araguaia em “O Rei do Gado” (1996), Ali El Adib em “O Clone” (2001), e Aleijadinho no especial “Poema Barroco” (1977) –, Stênio Garcia ficou sete anos sem integrar o elenco oficial de uma produção, período que ele descreve como tortura.

O problema teria inciado com a última troca da direção artística da dramaturgia, no fim de 2014, quando Manoel Martins se aposentou, passando seu cargo a Silvio de Abreu. O atual diretor já nutria desavenças com Garcia desde 1968, quando o ator traiu a esposa e grande amiga de Silvio, Cleyde Yáconis, morta em 2013.

“Foi um erro meu, que eu perdi perdão. Fui um homem inconsequente; eu me apaixonei e perdi essa grande mulher, maravilhosa, extraordinária, que eu amo até hoje, e que talvez tenha sido a mulher mais importante da minha vida”, diz Garcia. “Ele [Silvio de Abreu], como grande amigo dela, ficou com ódio de mim –e com razão, já que foi ele quem viu ela sofrer e esteve do lado dela.”

O sucesso e grande número de prêmios fez com que a fama subisse à cabeça do ator, que se deixou levar pela emoção e acabou se separando de Yáconis, após 11 anos juntos. “Essa separação fez muito mal a ela, e eu me arrependo profundamente. Mas antes dela morrer, eu pedi desculpas duas vezes em rede nacional. Depois, ela chegou a conhecer a minha atual esposa, Marilene, e as duas se tornaram amigas. Tenho até hoje um livro em que ela assinou: ‘Existe ex-marido, mas não existe ex-amigo’.”

Com a ascensão, Silvio de Abreu teria barrado a presença de Stênio Garcia para algumas obras, como em “Torre de Babel” (1998-1999), da qual Cleyde Yáconis também participou – e, segundo o ator, ela apoiou a sua entrada na trama. O ator integrou a novela, mas não foi poupado das fofocas nos bastidores, que tratava o folhetim como “Torre dos Babados”. Foi nesse cenário que Garcia conheceu sua atual esposa.

Nos últimos sete anos, Garcia viveu do salário-base pago pela emissora (valor que o ator não quis revelar), e acabou desidratando sua conta bancária para sustentar as duas filhas, Cássia e Gaya, médicos e outros gastos. “Isso tudo me abalou muito, e acabei desenvolvendo problemas para a minha saúde mental. Tive depressão e tenho muitos vômitos inesperados desde o ano passado. Minha pressão e ácido úrico estão desregulados, e tive um problema de líquido aumentado no cérebro e duas microisquemias cerebrais.”

Até agora, ele não recebeu a rescisão de seu contrato – e, também, está à procura da carteira de trabalho em sua casa, que há tanto tempo não é tocada. Mas Stênio se preocupa com o que está por vir. Ele tenta manter o plano de saúde que tinha na emissora, para ele e sua esposa, já que após o fim do contrato o plano médico é trocado por um inferior, válido por dois anos após a demissão.

“Meus remédios e tratamentos de saúde são mais caros que a minha aposentadoria. Imagina comer, se exercitar, colocar gasolina no carro… Não tem como viver, e isso está me matando. Estou perdido e sem chão”, diz ele. “Essa pessoa [Silvio de Abreu], que me recuso a falar o nome, está tentando destruir minha vida e a da minha família. É um cancro. Os meus direitos eu vou pedir. Se eu tiver que ir à Justiça, não será contra a TV Globo. Será contra essa pessoa.”

Sem olhar tanto para o futuro, Stênio Garcia procura se manter no presente e, por enquanto, torce para que saia com saúde da pandemia do novo coronavírus, junto à sua esposa. “Esse vírus veio nos mostrar que não adianta você ser o mais rico do mundo, o mais bonito ou o mais inteligente. Esse vírus nos mostra que somos todos iguais.”

 

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https://www.osul.com.br/stenio-garcia-diz-estar-sem-chao-e-se-preocupa-com-a-sua-saude-apos-demissao-da-tv-globo/ Stênio Garcia diz estar “sem chão” e se preocupa com a sua saúde após ser demitido da TV Globo 2020-04-07
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