Segunda-feira, 15 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2022
A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no Brasil está em 1,69. A informação é do levantamento do Imperial College de Londres, atualizado nessa terça-feira (1º). Embora ainda esteja alto, o número representa uma queda em comparação com o índice da semana passada, que chegou a 1,78, o maior desde julho de 2020.
O Rt brasileiro atual significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem a doença para outras 169 pessoas. Quando está acima de 1, a taxa de contágio indica que a propagação do vírus está em crescimento.
Dentro da margem de erro calculada pela universidade britânica, o índice brasileiro atual pode variar de 1,63 a 1,96.
A taxa de transmissão é uma das principais referências para se acompanhar a evolução epidêmica do Sars-CoV-2 no país. No entanto, especialistas costumam ponderar que é preciso acompanhá-la por um período prolongado de tempo para avaliar cenários e tendências, levando em conta o atraso nas notificações e o período de incubação do coronavírus.
Por ser uma média nacional, o Rt também não indica que a doença esteja avançando ou retrocedendo da mesma forma nas diversas cidades, estados e regiões do Brasil. Além disso, a universidade britânica afirma que a precisão das projeções varia de acordo com a qualidade da vigilância e dos relatórios de cada país.
De qualquer forma, as recentes médias móveis não deixam dúvidas sobre o descontrole da pandemia no país devido ao avanço da variante ômicron, identificada pela primeira vez na África do Sul. Dados compilados pelo consórcio formado por veículos de imprensa mostram que há 14 dias que o Brasil tem recordes consecutivos na média de diagnósticos positivos. Nessa terça, a média móvel de mortes por covid ficou acima de 600 pela primeira vez após quase cinco meses.
O Imperial College também projeta que o Brasil deve registrar 5.830 mortes pela covid-19 nesta semana. A estimativa equivale a um aumento de 75,5% em relação à anterior, quando foram contabilizados 3.361 óbitos pela doença.
Mundo
O aumento de casos de Covid não é exclusividade do Brasil. No mapa da Imperial College, a maioria dos países está classificada como em “estabilidade/crescimento lento”, “em crescimento” (caso do Brasil) ou “tendência incerta”. Há apenas cinco “em declínio”. A América do Sul continua entre as regiões mais afetadas pela nova onda. Enquanto Europa e América do Norte começam a entrar em estabilidade.
Segundo o levantamento da universidade britânica, o mundo registrou até a última segunda-feira (31), mais de 373 milhões de casos de covid, e mais de 5,65 milhões de óbitos.
No top dez de países com as maiores taxas de transmissão da semana estimadas pelo Imperial College estão quatro países da América do Sul, incluindo o Brasil.
O Japão se mantém na liderança da lista (Rt 2,56), seguido da Indonésia (Rt 1,88) e do Afeganistão (1,75). A Argentina aparece em quarto lugar, com Rt de 1,74, seguido do Brasil (Rt 1,69), Uruguai (Rt 1,68), Paquistão (Rt 1,66), Bangladesh (Rt 1,64), Iraque (Rt 1,64) e Paraguai (Rt 1,55).
Já as menores taxas de transmissão da covid estão em Angola (Rt 0,36), Moçambique (Rt 0,40) e Tanzânia (Rt 0,51).