Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 12 de dezembro de 2021
O Copom (Comitê de Política Central) do Banco Central continuou com a subida da taxa básica de juros e elevou a Taxa Selic de 7,75% para 9,25% ao ano na última semana. A taxa estava em 2% ao ano no começo de 2021, em fevereiro. Em menos de 10 meses, um reajuste de 7,25 pontos percentuais.
A subida acelerada da taxa tem o objetivo de segurar a inflação, por meio da “redução da oferta monetária para desestimular o consumo e crédito”, afirma a professora universitária de economia, Jani Floriano. Isso vai impactar em todos os tipos de créditos, já que “todas as formas de financiamento e de empréstimo vão acabar ficando mais caras”, complementa.
Até mesmo para quem não vai comprar a prazo ou financiar, é atingido pela alta dos juros. “As empresas que dependem de financiamento para fazer fluxo de caixa e capital de giro vão ter um aumento deste custo e a empresa pode optar por aumentar o preço dos produtos que ela vende”.
Onde investir?
Segundo Jani, agora é hora de olhar para a renda fixa, principalmente para quem está começando no mundo dos investimentos. Um investimento que a economista indica é o Tesouro Direto, que são títulos públicos do Governo Federal, ideal para quem quer segurança.
No Tesouro, há opções de títulos prefixados, onde o investidor já sabe a rentabilidade antes de investir, e os indexados indexado com à inflação.
“O governo está aumentando a Selic para conter a alta inflação, então títulos atrelados tanto a Selic quanto a inflação acabam sendo interessantes pela questão de retorno no investimento”, explica.
Uma opção para quem quer se arriscar na renda variável são os fundos de investimento, em que há um gestor que define onde o fundo vai alocar os recursos.
Mas Jani destaca que “ é sempre importante conversar com o gestor do fundo antes de investir para identificar qual tipo perfil deste fundo, em qual área investe, antes de você querer aplicar o seu dinheiro”.
Tchau, poupança?
A economista explica que a conhecida caderneta de poupança não é muito viável no momento, pelo fato dela render menos que a inflação. “Poupança é um tipo de segurança, não investimento. Ela é uma alternativa quando a pessoa vai começar a investir mas ainda não tem capital para isso.”
Uma opção é começar na poupança para depois investir em outras aplicações. “Se a pessoa quer começar a investir, ela vai começar guardando R$ 100 ou R$ 200 por mês. Quando ela já tiver um dinheiro mais significativo, ela transfere para outras aplicações”.
Jani ainda destaca que antes de começar a investir, é importante ter em mente a resposta para estas duas perguntas para ter objetivos claros quando o assunto é dinheiro.
A primeira pergunta é “Qual volume financeiro vou investir? Com um volume financeiro maior, é possível fazer um investimento um pouco mais arrojado, com mais riscos e e ganhar mais”.
Já a segunda pergunta, “Eu posso ficar sem este dinheiro? Se a resposta for sim, que depende do dinheiro, a pessoa tem pensar em investimento com liquidez imediata, quando pode retirar o dinheiro o mais rápido possível, mas se a pessoa falar que não depende deste dinheiro para os próximos anos, ela pode assumir investimentos a longo prazo”, finaliza.