Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 14 de abril de 2023
Um veículo do Kuwait lançou uma apresentadora virtual de televisão, criada com Inteligência Artificial (IA), com a ideia de que conduza um noticiário deste país do Golfo. Vestida com uma camiseta branca e um casaco preto, “Fedha” apareceu no sábado passado na conta no Twitter do site Kuwait News, no âmbito de um projeto ainda em fase de testes.
“Sou Fedha, a primeira apresentadora do Kuwait que trabalha com Inteligência Artificial no Kuwait News. Que tipo de notícia você prefere? Ouvimos suas opiniões”,, disse em árabe clássico.
O site, afiliado ao Kuwait Times, o primeiro jornal em inglês do Golfo fundado em 1961, está testando o potencial da IA para propor “conteúdo novo e inovador”, explicou editor-chefe, Abdulá Boftain, à AFP. Em sua opinião, a apresentadora pode, no futuro, adotar o sotaque kuwaitiano e apresentar um noticiário na conta do Twitter do Kuwait News, que conta com mais de 1,2 milhão de seguidores.
A aparência física da apresentadora, loira de olhos claros, reflete, segundo Boftain, a diversidade da população do rico país petroleiro, composta por kuwaitianos e expatriados. “Fedha representa todo o mundo”, afirma.
Seu vídeo de apresentação de 13 segundos suscitou muitas reações nas redes sociais, especialmente de jornalistas. “Nossos empregos estão em risco. Fedha e seus colegas serão nossos substitutos em um futuro próximo?”, questiona um deles.
China
Em outra frente, o governo da China vai adotar uma “avaliação de segurança” para as ferramentas de inteligência artificial (IA), no momento em que grandes empresas de tecnologia do país tentam desenvolver instrumentos simulares ao ChatGPT.
Pequim analisa de forma atenta aos avanços do chatbot americano ChatGPT, lançado em novembro e capaz de formular respostas detalhadas em poucos segundos para qualquer tipo de pergunta.
O sistema não está disponível no país, mas o ChatGPT é tema de vários artigos e debates nas redes sociais, ao mesmo tempo que os gigantes de tecnologia chineses competem para desenvolver ferramentas equivalentes.
Baidu, conhecido por sua ferramenta de busca, foi uma das primeiras empresas chinesas a estabelecer uma presença na IA, seguida por Tencent (internet e jogos eletrônicos) e Alibaba (comércio eletrônico).
A China quer regulamentar a chamada inteligência artificial generativa, em pleno auge, e antes da comercialização os produtos que utilizam esta tecnologia terão que passar por uma “inspeção de segurança”, de acordo com um projeto de regulamentação divulgado na terça-feira (11) pela Administração do Ciberespaço da China.
A agência reguladora, que abre o texto para consulta pública antes da aprovação, não informa quando a norma entrará em vigor.
Os conteúdos gerados pela IA devem “refletir os valores socialistas fundamentais e não devem apresentar conteúdo relacionado à subversão do poder do Estado”, afirma o projeto.
O objetivo é garantir o “desenvolvimento saudável e a aplicação padronizada da tecnologia de inteligência artificial generativa”, acrescenta a agência. As informações são da agência de notícias AFP.