Segunda-feira, 30 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 5 de setembro de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que uma equipe do governo federal desembarque nesta quarta-feira (6) no Rio Grande do Sul para ajudar o Estado a combater os efeitos da passagem do ciclone extratropical que deixou 21 mortos e já afetou ao menos 67 municípios gaúchos.
No programa semanal Conversa com o Presidente, Lula manifestou solidariedade à população que sofre com os efeitos das fortes chuvas. O presidente adiantou que o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e um representante da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil viajarão ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira para ajudar no que for necessário. “Onde tiver um problema, o governo federal estará lá para ajudar as pessoas a se salvar desses problemas. Portanto, nossa solidariedade ao povo gaúcho. Peço a Deus que diminua a chuva porque as pessoas precisam ter paz, tranquilidade e sossego para continuar vivendo bem, trabalhando e curtindo a vida como é de direito de todo mundo”, disse Lula.
“O chefe da defesa civil vai ao estado para ajudar a remediar os problemas causados pelas fortes chuvas. Faremos de tudo para ajudar a população gaúcha a atravessar esse momento”, afirmou o presidente.
O ministro Waldez Góes se reuniu, na tarde dessa terça-feira (5), com parlamentares e prefeitos gaúchos e afirmou que vai disponibilizar todos os recursos necessários para apoiar os municípios afetados pelo ciclone que atingiu os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. “Uma pergunta que já recebi é quanto terá à disposição para os municípios que foram atingidos. Não existe um limite. Vamos disponibilizar o que for preciso para atendimento humanitário, restabelecimentos dos serviços essenciais e, mais para frente, para reconstrução de infraestrutura destruída pelo desastre, o que também pode incluir moradias”, afirmou Waldez Góes. “No momento, nossa preocupação principal é garantir segurança, abrigo, água potável e alimentação para a população afetada”, observou.
Nesta quarta-feira, Waldez Góes e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, estarão no Rio Grande do Sul, onde visitarão as áreas mais afetadas pelo desastre. A primeira cidade será Muçum, que está com cerca de 80% das estruturas embaixo d´água. A comitiva também passará por Encantado e por Caxias do Sul, onde haverá reunião com o governador Eduardo Leite. Uma equipe da Defesa Civil Nacional já está no Estado, dando apoio às prefeituras nos pedidos de solicitação de situação de emergência e de repasse de recursos.
“Esta visita será importante para alinharmos esforços e definirmos estratégias conjuntas para atendermos com o máximo de agilidade as pessoas e os municípios que enfrentam esse desastre”, observou Góes. “Quanto mais sinergia tivermos, melhor poderemos atender e mais rápido será a liberação de recursos para os municípios”, completou.
As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul e Santa Catarina desde o último domingo (3) são consequência de uma frente fria causada por um ciclone que se instalou no oceano, perto da Região Sul do Brasil. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a frente fria agora segue para a região Sudeste. Entretanto, mais chuvas fortes são esperadas até a sexta-feira (8) no RS, com risco alto de inundações, alagamentos e deslizamentos de terra nas áreas afetadas.
O governador gaúcho informou que falou com os ministros José Mucio Monteiro Filho (Defesa) e Waldez Góes, além do secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff Barreiros. As Forças Armadas e a Polícia Rodoviária Federal se somaram ao governo do Estado, disponibilizando aeronaves e embarcações para as operações de resgate.
“Estamos em contato com o governo federal para que mais helicópteros sejam incorporados ao grupo de resgate no Vale do Taquari. A noite chegou, a temperatura caiu e há pessoas aguardando por socorro ao ar livre. Nossas equipes seguem atuando em conjunto com a FAB [Força Aérea Brasileira] nos resgates”, disse.
Leite falou também sobre o empenho do Estado nas ações de salvamento e resgate. “Quero assegurar à população que estamos trabalhando com toda a dedicação. Centenas de pessoas foram resgatadas. Estamos muito dedicados para poder resgatar as pessoas que ainda estão em localidades afastadas. Agora é hora de cuidar das pessoas”, destacou.
A bordo do helicóptero do Corpo de Bombeiros Militar, Eduardo Leite sobrevoou na tarde dessa terça-feira os municípios atingidos no Vale do Taquari, uma das regiões mais afetadas. Do total de mortes confirmadas, 15 ocorreram em Muçum, duas em Ibiraiaras, uma em Mato Castelhano, uma em Passo Fundo, uma em Estrela e uma em Lajeado.
Até a noite dessa terça, a Defesa Civil do RS estimava em 52.137 o número de pessoas afetadas em todo o Estado. Havia 3.084 desalojados e 1.650 desabrigados.
Segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a partir desta quinta-feira (7), “um novo sistema frontal (frente fria) vai provocar grandes volumes em grande parte do centro-sul da região. Considerando a atuação dos dois sistemas, os acumulados de chuva podem ultrapassar 80 mm em áreas do sul do Paraná e de Santa Catarina e 150 mm em grande parte do Rio Grande do Sul. Já no extremo norte do Paraná, a previsão é de volumes inferiores a 20 mm”.