Domingo, 12 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 7 de julho de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
“Acaba de ser aprovada pelo Congresso Nacional lei oriunda do Poder Executivo com a finalidade de solver os graves problemas financeiros que afetam Estados e municípios de todo o País. A expectativa é recuperar a capacidade de investimento dos governos locais e evitar a crise de insolvência, que impede que alguns deles tenham sequer condições de cumprir com os encargos de suas folhas de pagamento.”
A notícia poderia ser desta semana, mas constou das edições de jornais a 7 de julho de 1987. As circunstâncias não mudaram, comprovando que sucessivas gestões não souberam contornar dificuldades, indo à origem dos problemas que impedem as populações receberem serviços públicos que merecem.
Espiral
Em 2004, a dívida pública do governo federal era de 1 trilhão de reais; em 2013, subiu para 2 trilhões. Este ano, atinge 3 trilhões. Sobre o assunto, silêncio no Senado e na Câmara dos Deputados. Deveria haver análise permanente para dar visibilidade às causas do rombo. Falta coragem.
Lavando as mãos
A Lei de Diretrizes Orçamentárias recebeu 2 mil e 598 emendas. Muitos senadores e deputados federais copiam o pedido e espalham o texto para suas bases eleitorais. Explicam que “se o dinheiro não for liberado, a culpa será do governo que não abre a mão para nada”.
Animado
O apresentador Luciano Huck cresceu sob a influência do padrasto, Andrea Calabi, economista que foi presidente do BNDES e do Banco do Brasil, além de secretário da Fazenda do Estado de São Paulo.
Como técnico de confiança do PSDB, Calabi incentiva Huck a concorrer à Presidência da República. Ajudou a escolher um instituto de pesquisa que concluiu: os candidatos mais conhecidos levarão vantagem em 2018, devido ao formato atual de campanha, com apenas 45 dias de exposição na TV e curta demais para novos construírem a imagem. É um quadro que favorece celebridades.
A pesquisa constatou que o apresentador se beneficia do fato de ter “pegada” popular. Porém, conhecimento e prestígio junto ao público não são os únicos atributos para conduzir um País. Donald Trump tornou-se um exemplo.
O Brasil precisa de um presidente que tenha experiência e conhecimento de Economia. De outra forma, vamos descer a ladeira.
Mesma bandeira
A 7 de julho de 1987, realizou-se em Brasília comício das oposições, exigindo a antecipação da eleição presidencial, prevista para 1989. Discursaram Leonel Brizola e Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto militantes gritavam “Sarney não dá, diretas já”. O cenário de hoje não é diferente.
Atrevimento
Previsto inicialmente para ser de 3 bilhões de reais, parlamentares querem dobrar o valor do fundo para custear as campanhas eleitorais. Um absurdo. Dinheiro do Tesouro Nacional, que deveria custear obras e serviços públicos. Partidos e candidatos alegam que os custos são altos. Precisarão se adequar às condições de cinto apertado que identifica a grande maioria da população.
Sem desafinar
A sucessão de deputados da oposição na tribuna da Assembleia Legislativa, em qualquer discussão, é de uma sincronia imperturbável.
Saída na hora H
A direção nacional do PSDB sabe, antecipadamente, detalhes da delação de Eduardo Cunha e arruma as malas para deixar o governo.
Divisor
Não há mais dúvida: vê-se a transição do País marcado pelo patrimonialismo para uma fase mais republicana e democrática.
Não é fácil
Os que exercem mandato pela primeira vez chegam à conclusão: do alto do palanque se reforma tudo.
Fonte de inspiração
Autores de novelas de TV correm aos computadores porque o assunto renderá muitos capítulos: sogro de filha do ministro Edson Fachin é chefe em empresa da JBS.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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