Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de maio de 2025
A Líbia é considerada um dos países mais inseguros do mundo, com grupos armados disputando o poder desde a queda e a morte do ditador Muammar Kaddafi, em outubro de 2011.
A nação do Norte da África tem enfrentado anos de instabilidade social e política com o crescimento de milícias islâmicas fundamentalistas. A batalha pela tomada do poder tem se intensificado entre grupos rivais do leste e do oeste do país.
Os conflitos levaram muitos países a rotular o país como altamente inseguro para turistas, mas isso não impediu alguns aventureiros ousados de aderirem à tendência do “turismo de perigo” ou “turismo às cegas”.
Os EUA emitiram um alerta de viagem de Nível 4 – o mais alto – contra viagens à Líbia, alertando sobre “crime, terrorismo, minas terrestres não detonadas, distúrbios civis, sequestros e conflitos armados”. O governo do Reino Unido também “desaconselha todas as viagens” ao país africano. Na contramão, acreditando num período de estabilização, alguns países, como a Índia, levantaram as restrições de viagem.
No entanto, apesar de todos os riscos, a Líbia atrai cerca de 100 mil turistas do exterior todos os anos, informou o site “Travel and Tour World”.
“Nos sentimos seguros o tempo todo lá”, disseram Hudson e Emily, criadores de conteúdo que visitaram a Líbia em 2024.
O casal viajou com um guarda-costas que levava “o trabalho muito a sério” e até os acompanhava aos banheiros. Apesar da precaução extra, eles aproveitaram o tempo admirando as ruínas antigas e o Patrimônio Mundial da Unesco de Leptis Magna, a “bela” cidade de Trípoli e o “povo super simpático”.
Mas isso, obviamente, não significa que seja um lugar seguro. Em maio passado, um britânico adepto do “turismo do perigo” foi mantido sob a mira de uma arma por sete horas em um posto de controle do Exército na Líbia.
Daniel Pinto, de 26 anos, chegou ao país em 29 de maio de 2024 e passou 21 dias viajando porque era um lugar “misterioso” que ele queria conhecer.
Ele se descreve como um “turista perigoso” e já esteve no Irã, Iraque e Síria. Mas, desta vez, sua viagem encontrou um obstáculo quando foi detido por horas sob a mira de uma arma pelo exército. Ele não explicou como se livrou da situação, mas não pareceu muito abalado pela situação “assustadora” quando compartilhou sua história. As informações são do jornal Extra.
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