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Rio Grande do Sul Uma das peças mais famosas do Museu Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, as “Botas do Gigante” serão restauradas após 50 anos de exposição

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Calçado nº 56 pertenceu ao gaúcho Francisco Guerreiro (1900 a 1926). (Foto: Divulgação/MJC)

Uma das peças mais populares do acervo do Museu Julio de Castilhos, no Centro Histórico, as famosas “Botas do Gigante” foram retiradas da vitrine para serem submetidas a um processo de restauro e conservação. O item permaneceu em exposição permanente durante cerca de 50 anos e ultimamente se encontrava em um espaço denominado “Gabinete de Curiosidades”.

Por ficar tanto tempo em exibição pública, os calçados – feitos em couro – se degradaram, devido a fatores como o contato com a luz e a poeira. A boa notícia é que, mesmo durante essa processo de recuperação, o público poderá continuar vendo o item. O serviço de recuperação será realizado dentro da chamada “Reserva Técnica 2” da instituição, que tem uma parede de vidro, possibilitando assim o contato visual dos visitantes.

“A ideia é de que as botas retornem em um contexto narrativo no qual seja exposta para falar sobre a diversidade, não se tratando mais de algo exótico”, salienta a museóloga Doris Couto, diretora do Júlio de Castilhos. “A futura exibição, contudo, deverá ser temporária, já que a peça não aguentaria mais um longo período de exposição ao ambiente.”

Primeira e mais antiga instituição do segmento no Rio Grande do Sul, o Museu completará 117 anos no mês que vem. O endereço é rua Duque de Caxias nº 1.205 (Centro Histórico), a aproximadamente 100 metros da Catedral Metropolitana de Porto Alegre. Telefone: (51) 3212-9035. O horário de funcionamento é de terças a sábados, das 10h às 17h.

Pegadas

As botas pertenceram ao gaúcho Francisco Ângelo Guerreiro (1900-1926), nascido no município de Cruz Alta (Planalto Médio) e que atingiu 2,17 metros de altura, sendo então diagnosticado com gigantismo acromegálico. Os pés dele mediam 38 centímetros de comprimento, exigindo calçados cujo solado equivale ao atual número 56 na numeração brasileira.

Por conta de sua condição, o “Gigante de Cruz Alta” chegou a trabalhar como atração de circo, mas as fragilidades de sua saúde faziam com que se sentisse fraco, com episódios frequentes de tontura e falta de ar. Ele morreu com apenas 26 anos, no Rio de Janeiro.

Substituição

Com a retirada das botas, o “Gabinete de Curiosidades” do Museu Júlio de Castilhos recebe a exposição “Signos da República”. A mostra é composta por peças que foram emprestadas à instituição da rua Duque de Caxias para outro evento, “A República e o Supremo”, organizada em Brasília pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, em comemoração aos 130 da Proclamação da República.

Dentre as peças em destaque estão o modelo da primeira bandeira republicana brasileira e a sela de montaria do marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), primeiro presidente brasileiro – ele comandou o País entre 1889 e 1891.

“A exposição converge com as práticas museológicas, que coloca em isolamento peças que retornam ao museu depois de empréstimos, para evitar a contaminação do acervo”, salienta o texto de divulgação.

Os itens estão expostos em uma sala fechada e são vistos através de um vidro. A atração permanece no museu até março de 2020, permitindo que os visitantes tenham contato com parte importante do acervo em termos da história do País.

(Marcello Campos)

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