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Últimas Uma pesquisa realizada por universidade britânica coloca Porto Alegre entre as capitais brasileiras que não estavam preparadas para afrouxar a quarentena

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Um estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, concluiu que Porto Alegre e outras sete capitais de Estados brasileiros não estavam prontas para afrouxar as restrições de atividades no âmbito do combate à pandemia de coronavírus. Conforme o estudo (que não entra em maiores detalhes sobre cada cidade), nesses centros urbanos as medidas não atenderam aos critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Assim como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador (BA), Recife (PE), Fortaleza (CE), Goiânia (GO) e Manaus (AM), em Porto Alegre teriam ocorrido deficiências nas diretrizes, incluindo baixo volume de testes, ausência de um programa de rastreamento de contato para conter a expansão de casos e a falta de informação por parte dos brasileiros sobre cuidados pessoais a serem tomados após os primeiros sintomas ou mesmo a confirmação da doença.

A instituição britânica está monitorando o comportamento de 170 países sobre a situação. No Brasil, equipes da USP (Universidade de São Paulo) e da FGV (Fundação Getulio Vargas) atuaram na coleta de informações para o levantamento, além de contribuírem para a avaliação do entendimento das pessoas a respeito da crise sanitária, por meio de telefonemas para 1.654 pessoas entre os dias 6 e 27 de maio.

Os pesquisadores também utilizaram dados de mobilidade com base nos deslocamentos de telefone celular. A pesquisa sugere campanhas de divulgação com orientações massivas para a população, empresas e trabalhadores, bem como o prolongamento do auxílio emergencial e uma política de rastreamento de contatos.

Situação regional

O Brasil é um dos países que se organizam como federação (onde as decisões dos governos subnacionais são relevantes) e, no estudo, foi o primeiro a ser analisado com base em dados Estados e municípios. Um dos principais problemas encontrados pelos autores é a falta de testagem.

Dentre as pessoas que contraíram a Covid-19, 13% foram testadas a tempo e 7% disseram que tentaram fazer o teste, mas não conseguiram. O levantamento também identificou que os mais ricos – recebem pelo menos dez salários-mínimos – são maioria entre os que conseguiram realizar teste para a doença.

“De fato, o único fator que previu significativamente a realização de um teste, no período anterior à pesquisa e enquanto a carga viral ainda era detectável, era ter uma renda mensal de pelo menos 10 salários mínimos”, ressalta a pesquisa.

Outro aspecto constatado é que as pessoas sabem quais são os sintomas da Covid-19 e sabem que não se trata de uma gripe comum. Mas ainda falta uma compreensão melhor sobre o que fazer em caso de contato com o vírus. Se alguém tem sintomas ou se tiver contato com alguém que teve sintomas, é preciso ficar completamente isolado, sem nem mesmo ir ao mercado para comprar comida durante duas semanas.

“Para a grande maioria das pessoas (95%), não há uma percepção completamente clara sobre o isolamento que todos devem fazer [em que há possibilidade para atividades essenciais] com o que se exige de quem tem sintoma ou se expôs a quem tem sintomas.

Um programa de rastreamento, por sua vez, possibilita interromper a transmissão. As autoridades de saúde identificam as pessoas que entraram em contato com contaminados, orientam a fazer um isolamento severo, para interromper a disseminação, e, assim, estancam o surto da doença. Muito discutido no Reino Unido, esse procedimento não foi verificado nas cidades brasileiras.

As políticas públicas a serem adotadas também estão entre as recomendações. Uma das diretrizes é melhorar as campanhas públicas de informação para que as pessoas que têm sintomas (ou para quem entrou em contato com os sintomáticos) se autoisolem totalmente. “É preciso incentivar empresas e empregadores a implementarem mais completamente medidas de distanciamento físico nos locais de trabalho”, comnplementa a pesquisa.

Outro item salientado no estudo de Oxford é a necessidade de prolongamento do período do auxílio emergencial, além dos três meses iniciais, especialmente enquanto os locais de trabalho permanecerem fechados. “É importante considerar que é improvável que a renda dos trabalhadores informais se recuperará rapidamente após a reabertura dos locais de trabalho.”

(Marcello Campos)

 

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