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Tecnologia WhatsApp quer ganhar dinheiro “ouvindo” conversas

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Guilherme Horn, diretor do WhatsApp no Brasil, vai apostar no “comércio conversacional” como novo canal de negócios. (Foto: Divulgação)

Guilherme Horn, primeiro diretor contratado pelo WhatsApp para tocar a operação brasileira e que assumiu o cargo em março, vai apostar no “comércio conversacional” como novo canal de negócios. O uso do aplicativo de mensagens WhatsApp no Brasil é um caso único no mundo. O estudo Digital Brazil 2022, realizado pelas empresas We Are Social e Hootsuite, mostrou que pelo menos 165 milhões de brasileiros usam a ferramenta, a maior penetração numa nação em todo o planeta.

De olho nesse potencial, a Meta, dona do Facebook e do Instagram, que comprou o WhatsApp por US$ 19 bilhões em 2014, contratou pela primeira vez um diretor para tocar a operação brasileira e acelerar a monetização da empresa.

Guilherme Horn, que fez carreira no mercado financeiro (Órama Investimentos, banco BV e corretora Ágora), assumiu o posto em março com esse desafio. Na prática, diz, o WhatsApp vai se rentabilizar pelo que sempre ofereceu: as mensagens. Para o usuário pessoa física, a ferramenta continuará gratuita. Os recursos virão das empresas.

“A mensageria de negócios é um conceito simples e novo. É extrapolar a relação de conversas que os brasileiros têm como pessoa física para as empresas. O consumidor está cansado de aplicativos ou sites frios, ou seja, nos quais ele não fala com ninguém nem tem uma recomendação. O ‘comércio conversacional’ vai ser um novo canal de negócios”, diz Horn.

É cada vez maior o número de companhias, de todos os tamanhos, que usam a ferramenta para divulgar catálogo de produtos, conversar com clientes e fechar negócios via mensagens.

Segundo levantamento encomendado pela Meta para a Kantar, empresa de pesquisa de mercado, 77% dos brasileiros querem conversar com as empresas, e 70% já trocam mensagens comerciais pelo menos uma vez por semana. Outros 75% estão dispostos a fazer negócios com aquelas que podem ser contatadas pelo aplicativo.

O levantamento foi feito em abril deste ano, de forma on-line, em 11 países: EUA, França, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Índia, México, Brasil, Indonésia, Tailândia e Vietnã. Foram ouvidos 5.504 adultos de 18 a 65 anos, que representam a população on-line nesse mercado.

Na média global, 68% disseram que gostam de conversar com as companhias por mensagem, e 66% fecham negócios. Ou seja, o Brasil está acima da média.

Horn observa que é uma via de mão dupla: as empresas também já perceberam que esse canal pode ser eficiente em vendas e aumentam sua presença nele.

Companhias que anunciam no Facebook e Instagram, por exemplo, já vêm colocando um canal de conversa no WhatsApp para que o cliente fale com um vendedor, o chamado click-to-message. Segundo dados divulgados pela Meta este ano, 40% dos anunciantes em todo o mundo já usam esse formato.

As grandes empresas se conectam ao sistema de mensagens do WhatsApp (e pagam por isso) via API, uma interface que permite que a plataforma saiba exatamente o que o cliente quer. Bancos já oferecem produtos financeiros por esse canal, inclusive crédito, como é o caso do Banco do Brasil.

O cliente pode simular condições de pagamento, vencimento e valor das parcelas numa conversa no WhatsApp.

Segundo o BB, desde junho, já foi ofertado R$ 1,6 milhão em empréstimos. Também é possível consultar saldo, extrato e faturas de cartão de crédito, além de fazer transferências, pagamentos, Pix e renegociação de dívidas pelo WhatsApp do banco.

Business Premium

O número de empresas usando a API do WhatsApp mais que dobrou no Brasil durante a pandemia, segundo a Meta. A lista inclui Magazine Luiza, Renner e Natura. O objetivo é esclarecer dúvidas sobre produtos, mas as vendas também acontecem. No Brasil, 13 milhões de pessoas já acessam catálogos de empresas pelo WhatsApp.

Já o Laboratório Fleury usou o aplicativo para desafogar algumas unidades. Pelo WhatsApp, o cliente preenche seus dados, agilizando o atendimento.

Horn revela que 5 milhões de pequenas e médias empresas são usuárias do WhatsApp Business no Brasil, que é gratuito. No auge da pandemia, o aplicativo ajudou esse grupo a mostrar seus produtos e dar início às vendas digitais. Por isso, quando ficou fora do ar, no fim de 2021, muita gente ficou no prejuízo. Nesse segmento não haverá mudanças: a gratuidade continua.

Mas será lançada a versão Business Premium, para pequenas e médias empresas que precisam de mais recursos. Esta versão, sim, será paga. Por exemplo, será possível aumentar o número de vendedores para atender num determinado número. Na versão gratuita, são no máximo quatro. As informações são do jornal O Globo.

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https://www.osul.com.br/whatsapp-quer-ganhar-dinheiro-ouvindo-conversas/ WhatsApp quer ganhar dinheiro “ouvindo” conversas 2022-08-30
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