Quarta-feira, 01 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 11 de março de 2016
Investigado pela PF (Polícia Federal), alvo de processo de cassação no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e com dificuldade para pagar os servidores, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), começa a perder o apoio de antigos aliados.
Esses problemas foram somados a uma decisão do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Herman Benjamin revelada nesta quarta-feira (09). Ele deu aval para que o governador seja interrogado e indiciado pela PF. Partido do vice-governador Antônio Andrade e maior bancada da Assembleia Legislativa mineira, o PMDB começou a se queixar publicamente da gestão de Pimentel.
Já o sindicato dos professores, filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores) e próximo ao petista, passou a ameaçar paralisações após Pimentel enviar projeto diferente do acordado com a categoria em 2015 e divulgado como compromisso de gestão. A categoria afirma que irá paralisar entre os dias 15 e 17 de março e, no dia 16, decidirá se inicia um calendário de greve. Outras categorias, como a Polícia Militar, também passaram a protestar contra o governo petista.
Isso ocorre em um ano cujo déficit do Estado é previsto em 8,9 bilhões de reais, o que levou ao congelamento de 2 bilhões de reais do orçamento. A exemplo do que acontece com o governo federal, o PMDB se queixa de que Pimentel não dialoga com os aliados e não dá espaço para o partido atuar.
Em fevereiro, o vice-presidente Michel Temer ouviu ataques do partido contra o PT. Devido às insatisfações, um dos deputados da sigla protocolou pedido para deixar a vice-liderança do governo no Legislativo. (Folhapress)