Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 2 de julho de 2019
Em meio a uma nova saia-justa criada por Carlos Bolsonaro, o presidente Jair Bolsonaro entrou em contato com o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, e manifestou respaldo ao militar.
A informação foi confirmada por dois assessores presidenciais, segundo os quais Bolsonaro atuou para prestigiar o ministro e evitar que o episódio se transformasse em uma nova crise política em meio à tramitação da reforma da Previdência.
Em público, no entanto, o presidente evitou comentar o episódio. Questionado ao chegar para um almoço no Ministério da Defesa, ele pediu que a imprensa perguntasse sobre o assunto ao vereador do Rio de Janeiro.
Nos bastidores, a crítica indireta do filho do presidente ao general foi condenada pela cúpula militar, para a qual ele insiste em causar desarmonia no governo do seu pai.
Na segunda-feira (01), Carlos fez um comentário em uma página bolsonarista na qual uma pessoa que se identificava como jornalista acusava o GSI e a FAB (Força Aérea Brasileira) como cúmplices do sargento Manoel Silva Rodrigues, preso na Espanha com 39 quilos de cocaína.
O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que o presidente conversa com o general Heleno 24 horas por dia e que o ministro conta com um “apreço especial” de Bolsonaro.
“Ele [Bolsonaro] faz diariamente [um aporte a Heleno]. Tem um apreço especial pelo general e o tem como um dos ministros sênior, com quem dialoga e troca ideias. Isso claramente deixa no general a sensação e a certeza da confiança do presidente no trabalho que ele desenvolve”, disse Barros.