Terça-feira, 05 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 30 de julho de 2025
A Justiça gaúcha condenou um professor particular no município de São Luiz Gonzaga (Região Noroeste do Estado) a 70 anos de prisão, em regime inicial fechado, por estupro de vulnerável contra três meninos menores de 14 anos na época dos crimes, cometidos em diferentes ocasiões ao longo de 2023 e 2024. O réu já estava sob detenção preventiva.
Conforme denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o responsável tinha 32 anos quando abusou sexualmente de alunos que recebia em sua residência para aulas de reforço escolar. O fato de ter se aproveitado de sua autoridade e da confiança nele depositada pelos alunos, aliás, foi um dos agravantes que contribuíram para uma sentença mais longa.
Atos libidinosos
Durante o processo foram colhidos depoimentos das vítimas por meio de escuta especializada com psicólogos e outros profissionais. Testemunhos de familiares também reforçaram a acusação.
A investigação revelou que o professor particular se aproveitava praticava atos libidinosos com os menores, incluindo exibição de vídeos pornográficos, toques em partes íntimas, masturbação na presença das vítimas e tentativas de induzi-las a práticas sexuais. Um dos estudantes chegou a ser ameaçado para que não contasse a situação aos pais.
O promotor de Justiça Sandro Loureiro Marones, que atuou no caso, ressalta a importância da decisão judicial: “A sentença representa uma resposta firme e necessária da Justiça à violação brutal da dignidade de menores em situação de vulnerabilidade. Também reafirma o compromisso do Ministério Público com a proteção integral da infância e a responsabilização exemplar de quem atenta contra os direitos fundamentais de nossas crianças.”
Denúnciar é fundamental
Ao noticiar a condenação, o site do Ministério Público do Rio Grande do Sul (mprs.mp.br) chamou a atenção para a importância da colaboração da sociedade no encaminhamento de informações desse tipo de crime às autoridades:
“Se você souber ou suspeitar de algum caso de violência envolvendo criança ou adolescente, não se cale. A vida deles pode depender de sua denúncia. Denunciar é rápido, sigiloso e salva vidas. Em caso de urgência, ligue para o telefone 190 (Brigada Militar). Em outros casos, procure o Conselho Tutelar, a Promotoria de Justiça ou Delegacia de Polícia mais próxima, ou ainda disque 100”.
(Marcello Campos)
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