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Brasil Áudios de delator da Lava-Jato abalam PMDB, que adota cautela

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Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e ex-aliado do PMDB (Foto: Divulgação)

Assim que soube que tinha sido grampeado por Sérgio Machado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rememorou onde e como foi a conversa. Narrou a aliados que recebeu Machado em sua residência oficial, em Brasília, na noite de sexta-feira, 11 de março.

Naquele dia, os jornais noticiavam que promotores de São Paulo haviam pedido a prisão do ex-presidente Lula por suposta ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro. A conversa entrou pela madrugada. Na manhã seguinte, sábado (12), Machado voltou à casa de Renan. Antes, visitara o ex-presidente José Sarney (PMDB). Também gravara o diálogo.

Machado, ex-senador e ex-presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras, era homem de confiança da cúpula do PMDB, em especial de Renan. Mas tem tentáculos em outros partidos. No Senado, foi líder do PSDB no governo FHC (1995-2002). Depois, para se manter na Petrobras, se aproximou do PT.

Seu vínculo mais forte, porém, era com os peemedebistas. Por isso, a decisão de gravar conversas com pessoas como Renan, Sarney e Romero Jucá (PMDB-RR) – que perdeu o cargo de ministro do Planejamento após ser revelado o conteúdo do diálogo – foi recebido com um misto de raiva, surpresa e indignação.

Os diálogos com os políticos sugerem articulações para deter as investigações da Lava-Jato. Em um deles, Jucá defende que uma “mudança” no governo poderia levar a um pacto para “estancar a sangria” da operação. Em outro, Sarney cita pessoas próximas ao ministro Teori Zavascki, relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal), que poderiam servir de contato. “Tem que ser uma coisa confidencial”, pontua Renan em uma das discussões.

“Traidor” foi o adjetivo mais ameno para definir Machado numa conversa entre Renan, Sarney e o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) após as primeiras gravações, com Jucá como alvo, virem a público, na última segunda-feira (23). Sarney foi à casa do presidente do Senado para tratar do caso. Já havia a suspeita de que, se Jucá fora gravado, outros poderiam ter sido.

A raiva de peemedebistas nos bastidores com a decisão de Machado de gravá-los para produzir provas para a Lava-Jato não foi transposta para notas oficiais. O tom colérico de reuniões não veio a público para evitar que, melindrado, o ex-aliado fale mais. (Folhapress)

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