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Geral A Anvisa nega interferência política na suspensão de testes da Coronavac, a vacina chinesa contra o coronavírus

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Antônio Barra Torres prometeu enviar à comissão a documentação sigilosa que comprovaria a necessidade de suspensão dos testes. (Foto: Reprodução/TV Senado)

O diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres, negou nesta sexta-feira (13) que a decisão de suspender os testes da vacina Coronavac tenha sido tomada por interferência política. A Anvisa enviará à comissão do Congresso Nacional que fiscaliza as ações de combate à Covid-19 toda a documentação sigilosa que levou o órgão a determinar a paralisação dos testes do Instituto Butantan relacionados à vacina Coronavac. Foi o que afirmou Antônio Barra Torres aos integrantes do colegiado nesta sexta-feira. Confúcio prontificou-se a fazer o pedido oficial rapidamente. De acordo com Torres, a documentação deixará claro, “de forma definitiva”, que a Anvisa tomou uma decisão 100% técnica, sem nenhuma ingerência política, ao determinar a paralisação na segunda-feira (9), revertida no dia seguinte.

Nosso profissionalismo não pode ensejar que nem mais um cidadão brasileiro tenha um evento adverso grave, a partir do momento em que esta Agência toma conhecimento da ocorrência de um evento adverso grave e sem maior detalhamento, o que se deixará por muito claro tão logo o eminente presidente, Confúcio Moura (MDB-RO), presidente da comissão, requeira para nós os documentos que já estão sendo prontificados, para que toda esta questão seja encerrada com a análise documental”, disse.

Na terça-feira (10), foi esclarecido que o suposto “evento adverso grave” relacionado a um voluntário do Instituto Butantan foi um suicídio consumado, portanto, sem relação com os testes da vacina. Torres afirmou que o secretário de Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, deu declarações reforçando que o posicionamento da Anvisa foi técnico. Segundo o diretor, na segunda-feira a Anvisa não tinha outra opção.

Não restava nenhuma outra conduta diante de informações incompletas e os senhores vão constatar na documentação , informações que passam longe do campo da certeza, outra atitude a não ser imediatamente parar o processo, sob risco de que outro testador fosse acometido do mesmo problema. Recairia sobre esses decisores, sobre este corpo técnico, a culpa por qualquer outro evento adverso grave que poderia ocorrer ao cabo de horas. Então a atitude foi tomada no momento em que deveria ter sido tomada pelo corpo técnico interno da agência. É muito importante frisar isso”, disse, finalizando que os testes foram rapidamente retomados assim que a Anvisa obteve todas as informações.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, lembrou que ainda na noite da segunda-feira houve uma “manifestação clara” do centro de pesquisa de que o “evento adverso grave” não tinha nenhuma relação com a vacina. Segundo ele, a informação era relevante e deveria ter sido considerada pela Anvisa. Ainda assim, Covas reconheceu que a agência possa ter tido dúvidas. Nestes casos, no entanto, havia “a disponibilidade integral de todos os participantes de esclarecer qualquer dúvida”.

Não estou colocando aqui se deveriam ter sido ou não interrompidos os testes. Acho que até faz parte dos estudos clínicos interrupções temporárias na ocorrência de dúvida. O que mencionei foi o fato de que a interrupção foi anunciada ao Butantan pela imprensa. E essa não é a melhor forma de fazer. Ou até que se fizesse, mas que se anunciasse isso antes ao Butantan para que não fôssemos pegos desprevenidos. Acabou-se criando uma situação até desnecessária, um conflito desnecessário”, reclamou.

Na resposta, Torres disse que o Butantan foi oficiado na noite de segunda-feira sobre a paralisação dos testes, 40 minutos antes de a decisão ser publicada. Mesmo assim, Covas manteve a queixa sobre a forma como o Butantan foi informado da suspensão.

Às 21h04 foi postado na caixa postal do estudo um ofício no sistema da Anvisa. Só que eu pergunto: quem é que vai acessar a caixa postal do estudo às 21h04? Obviamente isso só seria acessado na manhã do dia seguinte, não existe um funcionário de plantão para acessar essa caixa de estudo. Então, houve formalmente? Sim, houve formalmente a postagem. Obviamente esse ofício só seria recebido no outro dia de manhã”, reclamou.

Segundo Covas, no entanto, a interrupção não chegou a prejudicar os testes, que foram retomados e prosseguem normalmente. “Os estudos foram retomados e agora prosseguem. Essa interrupção não teve nenhum efeito prático. Os efeitos maiores foram mesmo políticos e pela forma e o momento em que ocorreram”, explicou. As informações são da Agência Senado.

 

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