Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2020
A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) foi intimada na noite de terça-feira (6) a se apresentar, em 48 horas, na Seap-RJ (Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro) para colocar a tornozeleira eletrônica.
A parlamentar, que é pastora e cantora gospel, é acusada de ser mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho do ano passado.
Na terça-feira, Flordelis foi intimada em sua casa, na Região Oceânica de Niterói (RJ), às 19h – fora do horário do expediente do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).
A decisão da juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, que determinou que a deputada usasse tornozeleira, acolheu a um pedido do Ministério Público. Pelo prazo, ela tem até as 19h desta quinta-feira (8) para instalar o equipamento.
No dia 18 de setembro, a juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, aceitou um pedido do Ministério Público e determinou que a deputada usasse tornozeleira.
Na última quinta-feira (1º), Nearis destacou que a intimação fosse feita até mesmo fora do horário de expediente, “se necessário com auxílio da força policial”.
O Tribunal de Justiça alegava que oficiais não conseguiam intimá-la nem em Niterói, onde ela mora, nem em Brasília, onde trabalha.
Flordelis e os filhos são réus no processo sobre a morte do pastor Anderson do Carmo. A deputada não pôde ser presa em razão de sua imunidade parlamentar. Em sua defesa, a deputada afirma que existe erro na conclusão das investigações e alega que não pode ser julgada e condenada antes que todo o processo seja concluído.
Conselho de ética
Na última quinta-feira (1º), o corregedor da Câmara dos Deputados, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), recomendou a continuidade do processo em desfavor da deputada Flordelis e a análise do pedido de representação contra ela pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
“Ela [Flordelis] não conseguiu trazer para a Corregedoria provas de que não quebrou o decoro parlamentar. Por isso, estamos encaminhando a continuidade do processo”, afirmou Bengtson. “Fizemos as dez perguntas. Ela explicou, mas não trouxe as provas daquilo que falou.”
O parlamentar falou à imprensa após deixar a residência oficial da Presidência da Câmara, onde esteve para entregar seu parecer de 16 páginas sobre o assunto ao presidente Rodrigo Maia. As informações são do TJ-RJ, do portal de notícias G1 e da Agência Câmara de Notícias.